SC é o 3º Estado com mais doenças inflamatórias intestinais; veja relação com a fertilidade

Santa Catarina foi considerado o 3º Estado com maior prevalência de DII (Doenças Inflamatórias Intestinais), no Brasil. Segundo o médico gastroenterologista Nelson Cathcart Junior, em 2012, eram cerca de 30 casos para 100 mil habitantes, já em 2020, esse número aumentou para cada 100 mil habitantes.

DII, doenças

Maio roxo: SC é o 3º estado com mais casos de DII; descubra e saiba como tratar. – Foto: Freepik/ND

No mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 5 milhões de pessoas são afetadas pelas DII’s, como a doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Já no Brasil, cerca de 1,6 milhão de pessoas sofrem com doenças inflamatórias intestinais no país.

Mulheres com DII podem engravidar?

Segundo o Maternidade de Brasília, a fertilidade da mulher que possui DII não difere de outras. Porém, em situações específicas podem haver uma diminuição da fertilidade da mulher que tiveram que realizar a retirada todo o intestino grosso e usam bolsa de colostomia.

Isso acontece porque elas podem gerar uma fibrose nas trompas uterinas, dificultando na implantação do óvulo.

Doenças Inflamatórias Intestinais atingem a fetilidade da mulher

A fertilidade da mulher que possui DII não é diferente de outras – Foto: Pixabay/Reprodução/ND

A atividade inflamatória da DII durante a gravidez apresenta riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

As grávidas possuem riscos tromboembólicos e, além disso, um aumento do risco da necessidade de necessária de cesariana.

Os bebês, há um aumento de 2 a 3 vezes na chance de a criança nascer com baixo peso, em parto prematuro ou, ainda, ocorrer um aborto espontâneo.

Mas não se preocupe, o portal afirma que quando a doença é tratada e controlada, a gestação pode acontecer de forma tranquila e saudável para a mamãe e o neném. Os riscos de complicações são reduzidas e iguais aos de outras grávidas que não apresentam DII.

Identificando e tratando as doenças Inflamatórias intestinais

Segundo o médico, Nelson Cathcart, os principais sintomas são: diarreia crônica, que duram mais de 30 dias, dor abdominal, sangramento nas fezes, perda de peso, fadiga, febre, náusea e vômito.

Como são doenças autoimunes, que não apresentam um claro método de prevenção, é recomendado que a pessoa busque ajuda médica, ao apresentar alguns dos problemas destacados acima.

“Como outras doenças autoimunes, apesar de não falarmos em cura, existem sim tratamentos para seu controle, garantindo uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Para esse controle é muito importante fazer um diagnóstico e tratamento precoce”, destaca.

Além dos sintomas, exames complementares como laboratoriais de sangue e fezes, colonoscopia com biópsia, tomografia ou ressonância magnética, entre outros ajudam no diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais.

O médico ressalta que essas doenças podem afetar pessoas de qualquer idade, desde a infância até os mais idosos, no entanto, seu pico de apresentação envolve jovens e adultos com idade entre 15 e 30 anos.

Maio Roxo

Como não existe cura, e as causas ainda são pouco conhecidas pela população, o quinto mês do ano é batizado de Maio Roxo.

Ao longo do mês são realizadas campanhas e ações de conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais. A escolha desse mês se deve ao dia 19 de maio, que é o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais.

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