Clínica de harmonização facial em área nobre de Florianópolis é suspensa por produtos adulterados e vencidos, diz Procon

Local foi fechado por tempo indeterminado. Também participaram da ação Vigilância Sanitária e do Ministério Público de Santa Catarina. Clínica diz que não teve acesso ao processo. Ação foi realizada pelo Procon na manhã desta quinta-feira (4)
Tiago Ghizoni/NSC
Uma clínica de estética especializada em harmonização facial e corporal teve o funcionamento suspenso pelo Procon em Florianópolis, nesta quinta-feira (4). Localizada em área nobre da cidade, na frente da Avenida Beira-Mar Norte, o órgão encontrou produtos adulterados e sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de substâncias vencidas.
O diretor do Procon em Florianópolis, Alexandre Faria Luz, relatou que o espaço apresentava “muitas irregularidades”.
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A decisão administrativa contra a clínica HOF ainda cabe recurso. Anderson Silva, proprietário da empresa, disse que ainda não teve acesso ao processo.
“Vou entrar com a suspensão. Sou formado há mais de 20 anos, já atendi mais de 35 mil pacientes e nunca teve um hospitalizado. Vou pegar os documentos e enviar ao jurídico. Não tinha medicamento falsificado na clínica e não trabalho com produto ilegal”, informou à CBN Floripa.
A ação do Procon, em parceria com Vigilância Sanitária e Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), aconteceu após uma fiscalização no espaço em abril (leia mais abaixo).
O local está fechado por tempo indeterminado e, caso descumpra ordem, a clínica poderá ser multada.
Procon de Florianópolis suspende atividades de clínica de estética

Clínica foi alvo em abril
Em 19 de abril, a clínica já havia sido alvo de uma ação da Vigilância Sanitária de Florianópolis.
Na ocasião, a fiscalização encontrou no depósito de lixo embalagens do produto original para harmonização facial, à base de ácido hialurônico, com seringas soltas na caixa já com agulhas. Conforme o órgão, o artigo que sai de fábrica vem sem agulhas e com lacre de segurança na ponta da seringa.
Produtos vencidos e medicamentos foram apreendidos no local.
“Após a fiscalização do dia 19 de abril, várias pessoas procuraram o Procon denunciando a clínica. Também chegou ao conhecimento do órgão processos dos Conselhos de Medicina e de Odontologia”, informou o diretor.
O g1 SC procurou o Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina (CROSC), que não retornou até a última atualização da reportagem.
Já o Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) informou que entrou com ação judicial ao tomar conhecimento que a clínica “vinha atuando em área restrita aos profissionais médicos”. Segundo a nota, em fevereiro de 2021, uma liminar foi expedida pela Justiça Federal “determinando que o profissional seja proibido de realizar rinoplastias ou qualquer outro ato médico”.
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