Vereadores votam contra abertura de impeachment contra prefeito e vice de Tubarão

Os vereadores de Tubarão votaram, na última quinta-feira (4), contra a abertura de impeachment contra o vice-prefeito Caio Tokarski e o prefeito Joares Ponticelli que são investigados na Operação Mensageiro.

Prefeito de Tubarão foi preso na 3ª fase da operação Mensageiro – Foto: Internet/Reprodução/ND

O ofício de requerimento de denúncia foi recebido na última quarta pelos vereadores. Em seguida, o pedido foi deliberado no plenário da Câmara que contou com votação nominal. No entanto, a solicitação foi rejeitada com 11 votos contrários e quatro favoráveis.

Confira a votação:

A favor da abertura:

  • Denis Matiola;
  • Felippe Tessmann;
  • Thiago Zaboti;
  • José Luiz Tancredo.

Contra a abertura:

  • Jean Abreu Machado,
  • Eraldo Pereira da Silva;
  • Fabiano Modolon Corrêa;
  • Jairo Cascaes;
  • Luciane Tokarski;
  • Dorli Rufino;
  • Maycon Maurício;
  • Moisés Nunes;
  • Zaga Reis;
  • Valdir Antunes;
  • Ritinha Enfermeira.

Vale lembrar que o prefeito Joares Ponticelli virou réu na Justiça na última quinta-feira em decorrência dos desdobramentos da Operação Mensageiro.

Ele é suspeito de receber propina para favorecer a empresa de saneamento durante a prestação de serviços na cidade localizada no Sul de Santa Catarina.

Ponticelli foi preso em 14 de fevereiro por conta da 3ª fase da investigação. O prefeito é suspeito de integrar um esquema de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Assim como o vice-prefeito Caio Tokarski que também virou réu da operação, sendo suspeito de receber propina para favorecer a empresa de saneamento.

Tokarski foi preso em 14 de fevereiro, junto com o prefeito de Tubarão Joares Ponticelli, suspeito de participação no esquema criminoso, que teria ocorrido em diversas cidades, no que o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) classifica como “maior esquema de propinas da história do Estado”.

Operação Mensageiro

O MPSC conduz uma ampla investigação acerca da empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental. A investigada atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.

Segundo o MPSC um funcionário da empresa, chamado de “Mensageiro” na investigação, era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado pelo Grupo ND por proibição judicial.

A Operação Mensageiro, que apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina está na 4ª fase.

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