Homem e mulher flagrados com bebê de 2 anos que estava desaparecido ficam em silêncio durante interrogatório, diz polícia


Criança havia sido vista pela última vez no fim de abril, em Santa Catarina. Suspeitos flagrados com o bebê foram abordados na Zona Leste de São Paulo, nesta terça-feira (8). Nicolas Areias Gaspar foi visto pela última vez no dia 30 de abril
Reprodução/Redes sociais
O homem e a mulher que foram flagrados com um bebê de 2 anos, que era dado como desaparecido em Santa Catarina, ficaram em silêncio durante interrogatório realizado na Polícia Civil, em São Paulo, na noite de segunda-feira (8).
Roberta Porfírio e Marcelo Valverde foram abordados pela Polícia Militar, na Zona Leste de São Paulo, com o bebê Nicolas Areias Gaspar. Os dois acabaram sendo presos.
De acordo com o boletim de ocorrência, Roberta e Marcelo estavam com a criança em um carro. Ao serem questionados pelos policiais, ambos disseram que estavam indo ao Fórum de Tatuapé para regularizar a situação da criança, que havia sido doada pela mãe.
Os policiais acompanharam os dois até o Fórum e confirmaram que a Promotoria de Justiça aguardava pelo homem e pela mulher. Uma advogada de Roberta também estava no local.
Roberta e Marcelo foram ouvidos pelo promotor de Justiça, que orientou os policiais a encaminharem os dois para a delegacia.
A Polícia Civil informou que recebeu a informação de que Marcelo e a esposa, que se chama Juliana, estariam aliciando a mãe do bebê a entregar a criança, sem o procedimento legal de adoção.
Marcelo e Roberta foram autuados em flagrante pelo crime de tráfico de pessoas. A polícia acredita que os suspeitos se aproveitaram do estado de vulnerabilidade da mãe da criança para conseguirem o bebê.
A polícia também levou em consideração que o carro em que a criança foi encontrada foi visto transitando em Santa Catarina com a placa adulterada.
O g1 tenta contato com a defesa de Marcelo e Roberta.
Mãe do bebê
A mãe da criança foi ouvida em Santa Catarina. De acordo com a polícia, ela confirmou que havia entregue o bebê espontaneamente, sem ser ameaçada e sem ter recebido vantagens.
Por outro lado, a polícia informou que a mulher está em situação de vulnerabilidade e que precisou ser hospitalizada após a entrega do filho. Ela está internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Conforme o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil de São Paulo, a mulher também é considerada investigada.
Segundo a Polícia Civil, o menino havia sido visto pela última vez com a mãe em 30 de abril.
O desaparecimento havia sido informado pela avó e tios maternos do menino em um boletim de ocorrência na quinta-feira (4), informou a delegada da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso da Capital (DPCami) de São José, Sandra Mara.
A PM de Santa Catarina informou que os trâmites necessários para que o menino retorne para o estado estão sendo realizados em conjunto com a Polícia Civil.

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