A constrangedora proposta da Arteris Litoral Sul para a Grande Florianópolis

Partiu do presidente da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Mauro Cézar de Aguiar, o discurso mais lúcido da tarde desta sexta-feira (19), em São José, no Fórum Parlamentar Catarinense, coordenado pelo deputado Valdir Cobalchini (MDB).

O líder da Federação das Indústrias em SC admitiu respeito as obras propostas pela Arteris Litoral Sul, para o incremento de mais 15 anos no contrato de concessão, mas admitiu como insuficientes, sobretudo, pelo vetor econômico do Estado, atualmente, o 5º mais pujante do Brasil.

“Temos que ser responsáveis sob pena de estarmos aqui, em 2048, ainda esperando por obras condizentes com as nossas atuais necessidades”.

Inclusive, o discurso do diretor da concessionária, Antônio César Ribas Saas, ao tentar “vender” mais 15 anos de contrato foi nada convincente.

Beirou o constrangimento, em dado momento, ao enumerar uma intervenção com extensão inferior a 1 quilômetro. Fora que o dirigente falou mais do que foi feito pela concessionária – inclusive em pontos que nada tem a ver com a região – do que propriamente algum projeto para mais obras.

Presidente da Fiesc Mauro Cezar de Aguiar foi um dos principais críticos à proposta de obras feita pela Arteris – Foto: Germano Rorato/ND

Em mais 15 anos de concessão – que atualmente vai até 2033 – a proposta da Arteris é executar 9 intervenções na região da Grande Florianópolis sendo que, duas delas, são postos de atendimento às margens do Contorno Viário da Grande Florianópolis.

Se é só isso que a concessionária tem para oferecer, essa conversa deve ser encerrada por aqui. A atual demanda da região e de todo o Estado, no aspecto rodoviário, vai muito além disso.

É um debate que precisa ser mais aprofundado e, ao que parece, a Arteris Litoral Sul não está pronta para isso.