Em SC, PF mira grupo que invadiu contas bancárias e roubou mais de R$ 2 mi de prefeituras

Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, e Monte Claros (MG) foram alvos de 193 ordens judiciais cumpridas pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (24), sendo apenas um em Itajaí.

Cerca de R$ 1,6 milhão foi subtraído da conta bancária de um ente público por meio de quitação de boletos e transferências bancárias junto à Caixa Econômica Federal na cidade de Montes Claros.

Imagem ilustrativa de operação da PF que mirou líderes de grupo que invadiu contas bancárias de prefeituras em MG

Líderes de grupo que invadiu contas bancárias de prefeituras de MG estavam em Itajaí – Foto: Reprodução/ND

As ordens são referentes ao sequestro de bens e valores no combate ao crime de fraude bancária praticado pela internet.

As medidas judiciais foram cumpridas nesta quarta-feira em Itajaí e recaem sobre pessoas suspeitas de integrarem a liderança do grupo articulador do crime.

Como atuavam invasores de contas bancárias

As investigações revelaram que, por meio da invasão de contas bancárias, foram efetuadas centenas de operações de transferências e pagamentos de boletos, destinando o valor furtado de forma fracionada para cerca de 200 pessoas, em sua maioria, utilizadas como contas de passagem.

Os trabalhos policiais permitiram identificar os principais articuladores das fraudes que responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.

Imagem ilustrativa de cédulas de R$ 50

Dinheiro foi desviado de contas da Caixa de prefeituras  – Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Reprodução/ND

Embora os fatos investigados se reportem à conta bancária em agência da Caixa em Montes Claros, os envolvidos são naturais dos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e do Distrito Federal.

Roubo surgiu após ataque cibernético à Caixa

Em 2020, a página da internet da Caixa, disponibilizada para movimentações bancárias de prefeituras municipais, sofreu um ataque cibernético.

As investigações iniciaram após denúncia da Caixa de que 150 contas bancárias de titularidade de 40 prefeituras de diversas regiões do país haviam sido invadidas. A caixa suportou o prejuízo, ressarcindo as prefeituras.

Somente na região do Norte de Minas Gerais, duas prefeituras tiveram suas contas bancárias invadidas e foram subtraídos cerca de R$ 2 milhões. A Polícia Federal indiciou os suspeitos.

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