Justiça mantém prisão de dupla de SP suspeita de tráfico de pessoas e que estava com bebê de SC desaparecido


Criança de dois anos foi encontrada com os dois, dentro de carro, na segunda-feira em São Paulo. Ela havia sido vista pela última vez na Grande Florianópolis em 30 de abril. Criança de 2 anos que desapareceu em Florianópolis foi encontrado com casal em carro no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo
TV Globo/Reprodução
A Justiça manteve presos e com prisão preventiva Roberta Porfírio e Marcelo Valverde Valezi, que estavam com um menino de 2 anos de Santa Catarina que estava desaparecido. A audiência de custódia ocorreu nesta terça-feira (9), na cidade de São Paulo.
Roberta e Marcelo estavam com o bebê dentro de um carro, na Zona Leste da capital, na segunda (8), quando foram abordados pela PM e foram detidos em flagrante por suspeita de tráfico de pessoas.
A volta do menino para Santa Catarina segue indefinida, informou o secretário de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina, Paulo Cezar Ramos de Oliveira, em coletiva nesta terça.
O retorno depende de decisão do Poder Judiciário de São Paulo, onde a criança está em um abrigo.
Vídeo mostra momento em que PMs encontram suspeitos com bebê desaparecido em SC
A Polícia Civil catarinense disse que o homem teria aliciado a mãe do menino, de 22 anos, para uma adoção ilegal. Marcelo Valverde é apontado como intermediador da entrega da criança a Roberta Porfírio, mulher que também foi detida e que ficaria com o garoto.
Conforme a delegada Sandra Mara, da Polícia Civil de Santa Catarina, a mãe, uma jovem de 22 anos, “tem uma fragilidade emocional e psicológica muito grande”.
Polícia prende por suspeita de tráfico de pessoas casal que estava com bebê de SC
“Ela foi convencida [a entregar a criança] por conta da fragilidade”. Ela é muito jovem, ficou grávida com 19, 20 anos. Não tem um emprego. Ela tem alguns cursos, mas essa fragilidade emocional e psicológica dela dificulta a inserção no mercado de trabalho”, informou, durante a coletiva.
O Código Penal descreve como crime o ato de registrar o filho de outra pessoa como próprio.
Conforme a delegada Sandra Mara, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCami) de São José, a mãe do menino e o homem preso teriam se conhecido quando ela entrou em grupos sobre gravidez nas redes sociais, depois que descobriu a gestação.
Em um primeiro momento, a mãe negou entregar a criança, mas dois anos depois decidiu fazer a entrega de forma espontânea. Ainda, segundo a polícia, a mulher é bastante jovem, já foi vítima de violência e tem saúde mental frágil.
A mãe dele foi internada em 2 de maio, sem estar com o filho junto. A mulher recebeu alta na segunda. O g1 não obteve informações sobre o motivo da internação. A polícia também não deu esclarecimentos sobre o pai do menino, que é registrado apenas com o nome da mãe.
Cronologia do desaparecimento
30 de abril: menino foi visto pela última vez com a mãe pela avó materna, na Grande Florianópolis;
1ª de maio: avó do menino perguntou à filha sobre o menino. Mulher disse que a criança estava na casa de uma amiga;
2 de maio: mãe do menino foi hospitalizada desacordada;
3 de maio: avó entrou em contato com amiga da mãe do menino, que informou que não estava com ele. Ela teria indicado que a criança poderia estar com o suposto pai da criança; Na família do suposto genitor ele não foi encontrado pela avó;
4 de maio: avó procurou a Polícia Civil.

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