Valor do seguro-desemprego é impactado pelo aumento do salário mínimo; saiba detalhes

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) anunciou que os trabalhadores que foram demitidos e estão elegíveis para receber o seguro-desemprego, agora terão acesso ao valor reajustado do benefício. Desde a última quinta-feira (11), o novo valor deve acompanhar o aumento do salário mínimo, que subiu para R$ 1.320 desde 1º de maio. Consequentemente, o valor mínimo das parcelas do seguro-desemprego será de R$ 1.320 e o valor máximo de R$ 2.230,97.

Seguro-desemprego terá parcelas mínimas de R$ 1.320

Seguro-desemprego é destinado para o trabalhador demitido sem justa causa – Foto: Ana Volpe/Agência Senado/Divulgação/ND

Nos primeiros três meses deste ano, o número de pedidos do benefício chegou a 1,8 milhão em todo o país, de acordo com levantamento do MTE. O tempo para a liberação do valor aos trabalhadores demitidos após a solicitação varia entre 31 e 60 dias.

Seguro-desemprego tem função de amparar o trabalhador

O seguro-desemprego é um direito do trabalhador previsto na Constituição. O benefício tem a função de amparar o trabalhador que é demitido sem justa causa.

Quem trabalhou no mínimo seis meses com carteira assinada e foi demitido tem direito a três parcelas. Aqueles que comprovarem de 12 a 23 meses de trabalho recebem quatro parcelas. Já os que trabalharam mais de 24 meses antes da demissão ganham cinco parcelas.

Para receber o seguro-desemprego, é necessário que o trabalhador atenda a alguns critérios, como ter sido dispensado sem justa causa e não ter renda própria.

Quem pode receber o seguro-desemprego?

• É preciso ter sido dispensado sem justa causa;

• Estar desempregado quando fizer o requerimento do benefício;

• Ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica (inscrita no CEI) relativos a:

  • Pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação.
  • Pelo menos nove meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação.
  • Cada um dos seis meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações.
  • Não ter renda própria para o seu sustento e o de sua família.
  • Não estar recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.

Como é feito o cálculo

O cálculo do benefício é feito com base no salário médio que o trabalhador recebeu nos últimos três meses antes de deixar o emprego. Cada faixa salarial tem regra específica.

• Quem tem o salário médio de até R$ 1.968,36 deve multiplicar o valor recebido por 0,8;

• Para quem tem o salário médio entre R$ 1.968,37 e R$ 3.280,93, o valor recebido deve ser multiplicado por 0,5;

• Já quem tem o salário médio acima de R$ 3.280,93 receberá o teto do seguro-desemprego, que é de R$ 2.230,97.

Como pedir o benefício?

O trabalhador deve fazer o pedido do seguro-desemprego pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital (disponível para Android e iOS), pelo portal gov.br ou diretamente nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho. O atendimento presencial nas unidades pode ser agendado pelo telefone 158.

O trabalhador deverá apresentar os seguintes documentos:

• Documento do Requerimento do seguro-desemprego (o documento é entregue pelo empregador no momento da dispensa);

• Número do CPF.

Com informações do portal R7.

 

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