Instrutor nos EUA, major e ex-ministro: o perfil do ‘esquadrão’ que planejou matar Lula

Cinco pessoas acusadas de planejar um golpe de estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente foram presas nesta terça-feira (19). Entre os detidos estão quatro militares de alta patente e um policial federal.

"Kids Pretos" foram presos acusado de tentativa de golpe de estado e assassinato de Lula, Alckmin e Moraes

Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes planejavam golpe de estado e o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes – Foto: Reprodução/ND

De acordo com as investigações, o grupo elaborou um plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A data para execução do plano seria 15 de dezembro de 2022, pouco antes da posse presidencial.

Veja quem são os 5 envolvidos no golpe de estado que pretendia matar Lula, Alckmin e Moraes

Hélio Ferreira Lima

Ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, Hélio Ferreira Lima – Foto: Reprodução/ND

Hélio Ferreira Lima

Ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, Hélio Ferreira Lima fazia parte do grupo de elite conhecido como “Kids Pretos”. Destituído de seu cargo em fevereiro de 2024, Hélio é formado em Operações Especiais e especializado em missões de alto risco.

Ele optou por permanecer em silêncio quando convocado pela PF para prestar depoimento sobre sua ligação com o plano golpista.

Mário Fernandes

General reformado, Mário Fernandes foi ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução/ND

Mário Fernandes

General reformado e ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro, Mário Fernandes foi lotado como assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) até março de 2024.

Após denúncias, foi afastado das funções públicas por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Ele teria utilizado sua posição de destaque para articular o plano e facilitar o monitoramento de autoridades.

Rafael Martin

Major das Forças Especiais, Rafael Martins, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução/ND

Rafael Martins de Oliveira

Major das Forças Especiais, Rafael Martins foi identificado como articulador de parte da logística do golpe, negociando R$ 100 mil com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para financiar manifestantes em Brasília.

Ele havia sido preso em fevereiro de 2024 por sua ligação com movimentos antidemocráticos e, no momento da operação, usava tornozeleira eletrônica.

Rodrigo Bezerra, intregrante do “kids pretos” treinado para operações estratégicas – Foto: Reprodução/ND

Rodrigo Bezerra de Azevedo

Com um extenso currículo acadêmico e operacional, Rodrigo Bezerra de Azevedo é doutorando em Ciências Militares e possui formação em guerra não convencional. Ele já participou de missões internacionais e foi instrutor no Western Hemisphere Institute for Security Cooperation, nos EUA.

Apesar de seu perfil acadêmico, Rodrigo é acusado de integrar o núcleo estratégico do plano, utilizando suas especializações em terrorismo para coordenar ações golpistas.

Wladimir Matos Soares

Policial federal, Wladimir Matos Soares – Foto: Reprodução/ND

Wladimir Matos Soares

Policial federal, Wladimir Matos Soares foi preso sob acusação de auxiliar na execução do plano de golpe de Estado. Ele teria participado do planejamento logístico e operacional, atuando como peça-chave no apoio ao grupo para desestabilizar as instituições democráticas.

Quem são os ‘Kids Pretos’, grupo de elite envolvido na tentativa de golpe?

Os “Kids Pretos”, grupo ao qual alguns dos presos pertencem, são conhecidos por sua atuação sigilosa em operações de alta complexidade. Integrante do grupo foram presos acusados de tentativa de golpe de estado.

Os militares do Copesp (Comando de Operações Especiais), unidade de elite do Exército Brasileiro, são chamados de “kids pretos”. O apelido vem das balaclavas pretas usadas durante as operações.

Treinados em guerra não convencional e contraterrorismo, os membros desse grupo militar são frequentemente destacados para missões críticas e de alto risco. A sede do grupo fica em Goiânia, capital de Goiás.

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