5 regiões de montanhas para você conhecer em Santa Catarina

O outono e a aproximação do inverno parecem aguçar em nós o desejo de conhecer regiões frias e montanhosas. Se você também sente isso, terá em Santa Catarina diversos locais para visitar e experiências para viver. São passeios e aventuras ideais para quem gosta de destinos apreciativos, cuja principal atração é a natureza.

Morro da Bela Vista do Ghizoni, em Bom Retiro, faz parte das regiões montanhosas em Santa Catarina

Morro da Bela Vista do Ghizoni, em Bom Retiro, faz parte das regiões montanhosas em Santa Catarina – Foto: Dario Lins/Eco Trilhas Serra Catarinense/Divulgação

Além da Serra Catarinense, vamos o apresentar a montanhas na região da Grande Florianópolis e também do Planalto Norte. Nosso roteiro inclui o ponto mais alto de Santa Catarina, onde é possível ver o sol nascer primeiro. Todos são lugares onde você poderá fazer trilhas, praticar trekking e acampar.

Conheça cinco cidades montanhosas de Santa Catarina e as inúmeras possibilidades para experienciar nas alturas do Estado.

1. Soldados Sebold, em Alfredo Wagner

Trilha Arranha Céu, em Alfredo Wagner – Foto: Renan Schuller

A cidade de Alfredo Wagner fica no meio do caminho entre Florianópolis e a serra de Santa Catarina. A uma altura de 500 metros acima do nível do mar, o município tem em seu território formações rochosas imponentes e famosas.

É o caso dos Soldados de Sebold – um conjunto de quatro rochas com 90 metros de altura. Encostadas uma na outra, elas parecem soldados defendendo a imponente Serra Geral. Por isso do nome.

As rochas Soldados de Sebold ficam dentro de uma propriedade particular, onde é possível fazer trilhas, conhecer cachoeiras e acampar.

Até chegar ao local do acampamento é preciso fazer uma trilha de seis quilômetros e nível moderado. O caminho começa no estacionamento da propriedade e ao longo do percurso atravessa riachos, passa pela mata fechada e por trechos íngremes.

Caso não deseje encarar a caminhada, é possível chegar ao local com um veículo 4×4. É possível contratar o serviço da própria propriedade.

A área do acampamento tem vista para os Soldados de Sebold e para outras montanhas de Santa Catarina, que são emolduradas por araucárias. O visitante tem à disposição banheiros, chuveiros e cozinha compartilhada.

Próximo à área de camping ficam duas trilhas que conduzem à Cascata das Andorinhas e ao Cânion Lajeado. A primeira é uma queda d’água de cerca de dez metros de altura e é morada das aves durante a noite. O cânion, por sua vez, é uma formação rochosa de cerca de dez metros de altura e 150 metros de comprimento. Você caminha por dentro da formação rochosa, pelo leito do Rio Lajeado, cercado por suas paredes onduladas que mais parecem obras de arte, esculpidas pelas águas.

Outra opção de curtir as montanhas na região do Soldados de Sebold é acampar no Campo dos Padres, no alto da Serra Geral, a 1.750 metros de altitude. O acampamento ali é selvagem, sem qualquer infraestrutura.

Do alto, durante o dia, é possível conferir a exuberância das montanhas de Santa Catarina e do vale abaixo delas. Já à noite, o grande destaque é para o imenso céu estrelado. A caminhada para chegar no Campo dos Padres começa na base dos Soldados de Sebold. Ela é considerada de alto nível de dificuldade e só pode ser feita na companhia de um guia.

Endereço: Estrada Geral de Santo Anjo – Comunidade de Santo Anjo. A propriedade fica a aproximadamente 17 quilômetros do Centro de Alfredo Wagner.

Agendamento: a visitação só é possível mediante agendamento pelo número (48) 99934-3775.

Valores: R$ 35 por pessoa para passar o dia e fazer trilhas e R$ 75 para acampar. Crianças até 12 anos e pessoas acima dos 60 anos não pagam.

Onde fica e como chegar em Alfredo Wagner?

Alfredo Wagner fica na Grande Florianópolis, a 100 quilômetros de distância da Capital, onde fica o aeroporto mais próximo.

2. Cânion Espraiado, em Urubici

Cânion Espraiado, em Urubici – Foto: Dario Lins/Eco Trilhas Serra Catarinense/Divulgação

Localizada a mil metros acima do nível do mar, o que não falta na cidade serrana de Urubici são montanhas. Além de poder curtir o frio do inverno em Santa Catarina, o município é atrativo para quem busca por esportes de aventura e contemplação da natureza.

Pelas montanhas, morros e cânions, os mais aventureiros podem saltar de pêndulo, andar de bicicleta nas alturas e praticar trekking. No entanto, essas não são as únicas opções.

Aos menos amantes de adrenalina, é possível fazer um piquenique em cima da montanha, experimentar balanços gigantes, apreciar o pôr do sol, andar em passarelas de vidro com vista panorâmica e se hospedar em um dos inúmeros chalés charmosos ou acampar.

Um desses lugares especiais na cidade é o Cânion Espraiado, um dos mais bonitos e imponentes de toda Santa Catarina. A estrutura geológica de 1.500 metros de altitude faz parte do Campo dos Padres, um grande planalto que fica na borda (parte superior) da Serra Geral, e se estende pelas cidades de Urubici, Anitápolis, Bom Retiro, Alfredo Wagner, Grão-Pará, Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima. O nome do campo tem a ver com a passagem dos padres jesuítas pela região, lá pelo século 18.

Há empresas turísticas que fazem expedições para atravessar o campo inteiro, o que dura vários dias. Opções mais leves (mas nem tanto) incluem apenas a visita ao Cânion Espraiado e à sua vizinha Montanha Infinita.

Esse é um dos cânions de mais difícil acesso em Urubici. Só é possível chegar até ele com um carro 4×4, já que a estrada é bastante íngreme e com curvas fechadas. Além disso, sempre há pessoas caminhando pela via, o que requer trafegar a uma velocidade bem reduzida.

Caso você não tenha um veículo 4×4, é possível contratar o transporte com diferentes empresas de Urubici. Outra opção é ir com um carro de passeio até a Pedra da Águia e de lá seguir a pé até o cânion. São nove quilômetros de distância, feitos em três horas de caminhada pela própria estrada.

Para acessar a área do cânion é preciso pagar uma taxa, já que fica dentro de uma propriedade particular. Do alto desta maravilha natural de Santa Catarina é possível observar os inúmeros penhascos por onde escorrem cachoeiras e um mar de paisagens verdes e céu por todo lado.

Lá por cima, os visitantes costumam percorrer cerca de quatro quilômetros (ida e volta) desbravando o entorno do cânion. Dá para avistar a Cachoeira do Adão bem de frente e ver os paredões do outro lado da montanha.

É igualmente possível fazer uma trilha que dá acesso a piscinas naturais e à parte superior da cachoeira. Outro espetáculo a ser apreciado lá de cima é o pôr do sol. Em nenhuma hipótese é aconselhável chegar próximo à borda do cânion. A distância segura é de 500 metros.

Como o terreno é formado por banhados e turfeiras (solo formado por plantas em decomposição), ele é encharcado e faz os pés afundarem. É justamente a água da chuva retida por essa vegetação que forma riachos e rios que dão origem às cachoeiras que caem pelos desfiladeiros. Por conta dessa característica, quem visita esse cânion de Santa Catarina deve utilizar galochas ou sapatos impermeáveis.

Próximo ao Cânion Espraiado (cinco quilômetros pela estrada), mas na direção oposta, fica a Montanha Infinita. O nome se deve a um balanço instalado no local e que virou atração turística.

Quem senta na estrutura tem uma vista panorâmica da região e a sensação de ser lançado em direção ao fosso do cânion. A experiência rende lindas fotos que depois inundam as redes sociais.

Se o clima de montanha em Santa Catarina lhe agrada, você pode optar por estender sua experiência acampando no Cânion Espraiado. A 500 metros do vértice do cânion, você encontra o Abrigo de Montanha, uma casa com cozinha compartilhada, banheiro com chuveiro e energia elétrica.

Para quem quer viver essa experiência, mas não abre mão de uma cama quentinha, pode se hospedar na cabana que fica na Montanha Infinita. O local é isolado, abriga até duas pessoas e conta até com banheira.

Endereço: o Cânion Espraiado está a 35 quilômetros de distância do Centro de Urubici. O trajeto até lá é pela SC-370 em direção à Serra do Corvo Branco (não é preciso pegar a serra). Quando terminar o asfalto, ande por mais 1,5 quilômetro e siga até a Pedra da Águia. Deste ponto, siga pela estrada por mais nove quilômetros até uma bifurcação. Seguindo pela direita você chega ao cânion e à esquerda tem acesso para a Montanha Infinita. Atenção! Veículos de passeio não conseguem chegar até o local.

Agendamento: não é necessário agendamento.

Valores: R$ 25 antecipadamente pelo site ou R$ 30 na hora. Crianças de seis a 12 anos pagam meia-entrada. Abaixo de seis anos, a entrada é gratuita.

Onde fica e como chegar em Urubici?

Urubici é um município da serra de Santa Catarina, na divisa com outras dez cidades, entre elas Bom Retiro, Grão-Pará, Orleans, Bom Jardim da Serra, São Joaquim e Urupema.

Está distante 180 quilômetros de Florianópolis, cujo acesso principal é pela BR-282. Como não conta com aeroporto, os mais próximos de Urubici são o de Florianópolis e o de Lages, a cerca de 110 quilômetros.

3. Morro Bela Vista do Ghizoni, em Bom Retiro

Morro da Bela Vista do Ghizoni, em Bom Retiro – Foto: Dario Lins/Eco Trilhas Serra Catarinense/Divulgação

Bom Retiro é considerada a porta de entrada da Serra Catarinense. No entanto, parte de seu território está localizado no Alto Vale do Itajaí. Por esse fator, a altitude do município varia bastante.

No Centro da cidade, o terreno está a 890 metros de altura do nível do mar (o que já é bem alto), mas é no Campo dos Padres, na Serra Geral, que se encontra o ponto mais alto do município e de todo o estado de Santa Catarina.

Estamos falando do Morro Bela Vista do Ghizoni, que faz a divisa natural entre Bom Retiro e a vizinha Urubici. O nome do local costuma ser confundido com o da Serra da Boa Vista, em Rancho Queimado, onde se pode chegar de carro.

A 1.823,59 metros de altitude, o Morro Bela Vista é palco de fenômenos raros em Santa Catarina, como o sincelo (congelamento da água quando toca a superfície) durante o inverno, e também da neve.

Próximo das nuvens, a sensação térmica no local já se aproximou dos – 20ºC. Chegar até o “teto” de Santa Catarina é um desafio que só pode ser feito a pé e acompanhado de guias especializados e que possuam autorização para acessar os campos. A empreitada até lá dura três dias, em uma expedição que percorre 50 quilômetros a pé e passa por três das montanhas mais altas do estado.

Durante a jornada, os aventureiros encontrarão abrigo em uma casa antiga de fazenda que serve como albergue. Parte da tropa dorme dentro dela e outra parte em suas próprias barracas, montadas em um acampamento selvagem na borda do cânion.

Durante a aventura, acorda-se cedo para ver o sol nascendo diante dos olhos. É tamanho o privilégio vê-lo surgindo acima de todos os catarinenses. A cena dá força para a longa caminhada do dia, em que as pernas terão de vencer dezenas de quilômetros.

O percurso inclui área de mata, rio, pedras, banhado e penhasco. Como é típico nas regiões de montanhas, o clima pode mudar em segundos, o que é denominado “viração” pelas pessoas locais.

De um instante para outro, a neblina pode cobrir toda a paisagem, desafiando o caminhante a conseguir enxergar as belezas de Santa Catarina. No momento seguinte, um nevoeiro espesso pode cobrir as fendas dos cânions e formar à sua frente o famoso mar de nuvens.

O Morro Bela Vista do Ghizoni é alcançado no segundo dia da caminhada. O cume de Santa Catarina oferece uma visão de 360ºC de todo o complexo que é o Campo dos Padres.

Montanhas, rios, cachoeiras e cânions se apresentam diante dos olhos como a força do tempo e da natureza. O horizonte parece infinito. Em determinados períodos do ano é possível presenciar um fenômeno emocionante: a sincronia do sol aparecendo no céu enquanto a lua se despede. Quem já presenciou esse balé celeste, diz que é um momento único e inesquecível.

Endereço: saída da cidade de Bom Retiro.

Agendamento: para participar da expedição é preciso fazer o agendamento com a Eco Trilhas Serra Catarinense, operadora de turismo que administra a área.

Valores: em torno de R$1.300 (com café da manhã, jantar e transporte inclusos) por pessoa.

Onde fica e como chegar em Bom Retiro?

Bom Retiro está distante 135 quilômetros de Florianópolis, cujo principal acesso é pela BR-282. Alguns de seus vizinhos diretos são as cidades de Urubici, Alfredo Wagner, Anitápolis, Otacílio Costa e Bocaina do Sul. Sem aeroporto próprio, o mais próximo é o do município de Lages, a cerca de 90 quilômetros de distância.

4. Campos do Quiriri, em Campo Alegre

Campos do Quiriri, em Campo Alegre – Foto: Piraí Ecoturismo/Divulgação

Campo Alegre é uma cidade de cerca de 12 mil habitantes no Planalto Norte de Santa Catarina. Entre ela e o município mais populoso do Estado, Joinville, há pouco mais de 60 quilômetros de distância e a Serra Dona Francisca como ligação.

A mais de 800 metros acima do nível do mar, a cidade é cercada por lindos campos, montanhas, morros e cachoeiras. Sua altitude também faz seu clima ser mais frio, ideal para quem gosta de temperaturas próximas a 0ºC.

Com a cidade catarinense vizinha Garuva e com a paranaense Tijucas do Sul, Campo Alegre divide um conjunto de montanhas chamada de Campos do Quiriri. Em 13 quilômetros de extensão (em linha reta), que abarca parte do território dos três municípios, há uma imensa área verde com cerca de 30 cumes que variam entre 1.300 e 1.600 metros de altura.

Devido à beleza da paisagem, os Campos do Quiriri são um dos principais destinos no Planalto Norte de Santa Catarina para quem gosta de regiões de montanha. A principal porta de entrada para eles é a cidade de Campo Alegre.

Da área central do município até os campos são cerca de 50 quilômetros de distância por uma estrada de terra bastante acidentada. Há diferentes formas de se aproveitar os Campos do Quiriri.

Você pode subir apenas até a Pedra da Flor, conhecida como Mirante do Quiriri, ou passar dias e até semanas desbravando os picos e cumes dessa região de Santa Catarina. O mirante, ainda no território de Campo Alegre, é o ponto mais acessível dos campos, onde se pode chegar até com veículo 4×4. Empresas de turismo inclusive oferecem esse passeio.

Do alto de 1.300 metros de altura, a paisagem é linda. O período do final da tarde é especialmente singular para se curtir, devido à beleza do sol se pondo atrás das montanhas de Santa Catarina.

Do mirante em diante só é possível explorar os campos a pé. Os mais aventureiros vão gostar de participar de expedições que atravessam o território em dois ou três dias de caminhadas pelas montanhas. Além de uma vegetação rasteira verdejante, ao longo do percurso rios, riachos e cachoeiras acompanham o caminhante.

Um dos pontos mais visitados da região é a Pedra da Tartaruga, na cidade de Garuva. O monumento geológico é um dos principais registros fotográficos dos Campos do Quiriri. Outro deles é a divisa entre Santa Catarina e o Paraná.

A paisagem depende do ponto geográfico onde se está e também das condições climáticas. Em dias de tempo aberto e pouca nebulosidade, a vista pode alcançar cidades como Joinville, São Francisco do Sul, a Baía da Babitonga e até o mar. Quando o nevoeiro por sua vez toma conta dos céus, pode se formar o fenômeno do mar de nuvens, encobrindo o horizonte e deixando o cenário com ares mágicos.

Tanto quem faz a travessia, quanto quem vai passar apenas um dia no Campos do Quiriri, é possível acampar na região. Um desses locais é próximo à Pedra da Flor. O lugar possui banheiros e chuveiro sem aquecimento. Não há cozinha disponível. Ao longo de toda a extensão do território, há muitos outros pontos de acampamento.

Por se tratar de uma área de proteção ambiental de Santa Catarina é preciso pagar uma taxa para acessar os Campos do Quiriri e também para acampar por lá. É possível fazer o pagamento e conseguir liberação de acesso com empresas de turismo da região.

Endereço: as saídas para os Campos do Quiriri ocorrem a partir de Campo Alegre, Joinville, Garuva e Tijucas do Sul.

Agendamento: para acessar uma parte dos Campos do Quiriri é preciso pagar uma taxa de acesso com a agência Travelum ou contratar guias especializados para fazerem as travessias e expedições.

Valores: De R$ 20 (taxa de acesso) a R$ 600 (para expedições) por pessoa.

Onde fica e como chegar em Campo Alegre?

Campo Alegre fica na região Norte de Santa Catarina, a 237 quilômetros de distância de Florianópolis. O principal acesso entre as duas cidades é pela BR-101. O município faz divisa com Joinville, Jaraguá do Sul, Garuva e São Bento do Sul. O aeroporto mais perto fica em Joinville, a cerca de 60 quilômetros.

5. Cânion do Funil, em Bom Jardim da Serra

Cânion do Funil – Foto: Miguel Carvalho

Bom Jardim da Serra é outro município nas alturas de Santa Catarina. A 1.250 metros acima do nível do mar, a cidade faz parte da região serrana, ao lado de outras 17. Só por essa informação, já dá para saber que é uma região repleta de montanhas e também fria. A cidade conta com formações rochosas de tirar o fôlego.

Além disso, Bom Jardim da Serra pode ser tanto o ponto de partida quanto o destino final de quem quer conhecer a famosa estrada de Santa Catarina da Serra do Rio do Rastro.

São 12 quilômetros de extensão e centenas de curvas e subidas íngremes entre penhascos e montanhas. A via é um trecho da rodovia SC-390, que liga a cidade de Lauro Müller, no Sul do Estado, a Bom Jardim da Serra.

Entre todas as belezas naturais com as quais o município serrano conta, estão três grandes cânions, como o Cânion do Funil. Patrimônio Geológico da Serra Catarinense, ele fica em um dos extremos do Parque Nacional de São Joaquim.

É possível caminhar pela borda (parte alta) do cânion por seus dois quilômetros de extensão e observar de forma panorâmica a paisagem, os desfiladeiros de cerca de 500 metros e até o litoral de Santa Catarina. Em dias de forte neblina, entretanto, o horizonte fica todo encoberto.

O grande destaque do Cânion do Funil são as formações rochosas em formas pontiagudas, que ficam em sua garganta (no vão entre as montanhas). Uma dessas rochas lembra um funil ao contrário, daí o nome dado ao cânion.

A paisagem é simplesmente exuberante e possibilita que você curta de forma intensa essa região de montanhas. Já imaginou tomar um cafezinho quente com um mar de nuvens abaixo de seus pés? No Cânion do Funil também é possível acampar e apreciar o nascer e o pôr do sol em Santa Catarina no quintal de sua barraca.

O acampamento é selvagem, sem qualquer estrutura. Como ele está dentro de uma propriedade particular, é necessário pagar uma taxa de acesso e também de acampamento.

A estrada até o cânion fica às margens da rodovia SC-390, em torno de cinco quilômetros depois do Mirante da Serra do Rio do Rastro, no sentido Lauro Müller – Bom Jardim da Serra. O portão de entrada fica ao lado de uma subestação da Celesc.

Dali até o cânion são seis quilômetros de estrada de chão, onde é possível trafegar com carro de passeio. Os veículos param a cerca de um quilômetro do principal mirante do cânion, onde só se chega a pé, em uma caminhada de 15 minutos.

Há quem goste de fazer os sete quilômetros totais de percurso até o cânion a pé, para apreciar a paisagem. Outra opção é ser conduzido até lá de quadriciclo. Neste caso, uma empresa turística que fica próxima ao portal de entrada faz esse serviço.

Seja lá qual for sua escolha, a experiência nesse ponto alto e deslumbrante de Santa Catarina certamente será inesquecível.

Endereço: SC-390 Agendamento: A visita deve ser agendada antecipadamente com pelo número (49) 99127-1014.

Valores: R$ 60 (visitação) e R$ 90 (acampamento) por pessoa. O passeio de triciclo custa R$ 300 por pessoa.

Onde fica e como chegar em Bom Jardim da Serra?

Bom Jardim da Serra está na Serra de Santa Catarina, fazendo divisa com São Joaquim, Urubici, Orleans, Lauro Muller, Treviso, Siderópolis e Nova Veneza. A cidade fica a 231 quilômetros de Florianópolis. O principal acesso se dá via BR-101 e pela Serra do Rio do Rastro. Outra opção é pela BR-102, sem passar pela famosa serra. O aeroporto mais perto fica no município de Jaguaruna, a 105 quilômetros de distância.

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