14º Batalhão de Infantaria Motorizado completa 50 anos no casarão da Bocaiúva em Florianópolis

O 14º Batalhão de Infantaria Motorizado promoveu uma cerimônia na manhã desta terça-feira (16) em comemoração aos 50 anos da instalação do comando na Brigada Silva Paes, no Casarão da Bocaiúva, no Centro de Florianópolis.

O casarão é sede do 14º Batalhão de Infantaria Motorizado desde 16 de maio de 1973 – Foto: Leo Munhoz/ND

O general  do batalhão, Marcio Cossich Trindade, explica que em 16 de maio de 1973, após a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina ) ter vendido o casarão para o Exército Brasileiro, o Grupamento do Leste Catarinense transferiu a sede, que funcionou, provisoriamente, no aquartelamento do 63º Batalhão de Infantaria, no Estreito, para o tradicional imóvel, que segue até hoje como Quartel-General.

“Este terreno que tem uma origem no ano de 1876 carrega uma história belíssima. Então é uma honra muito grande estarmos estabelecidos em um casarão em que o exército brasileiro se estabeleceu há exatos 50 anos”, relembra Trindade. “Até hoje, aqui é o único comando de general no nosso Estado”, complementa.

Casarão foi sede da primeira reitoria da UFSC

Entre 1962 e 1973, o casarão pertenceu à UFSC, que instalou no local sua primeira reitoria. Naquela época, o primeiro reitor foi o professor João David Ferreira Lima, um dos fundadores, em 1960.

“É um prazer muito grande participar deste evento, principalmente porque aqui foi a primeira reitoria da universidade. O professor João Lima iniciou o planejamento e organização da universidade nesta edificação. Então hoje, se a universidade é o que ela é, é porque tudo começou aqui”, evidencia o chefe de gabinete da reitoria da UFSC, professor Bernardo Meyer.

Meyer ressalta ainda que, em 1964, também neste imóvel, surgiu a Imprensa Universitária da UFSC.

“Ver esta casa bem preservada e sendo bem preservada nos dá muita satisfação. E é muito bom ver também que as administrações públicas ainda estão participando e fazendo bom uso deste local, além de deixá-lo funcional”, finaliza.

Descoberta arqueológica

Ao fim da cerimônia, foi feito o descerramento da placa de uma construção descoberta em 1999 após uma escavação. O espaço era usado para reserva de água.

IPHAN e IPUF consideram a construção uma descoberta arqueológica – Foto: Leo Munhoz/ND

“Para surpresa de todos, foi descoberta uma edificação de alvenaria e um sistema de escoamento ao longo das paredes e no meio do piso. Esse achado foi apresentado ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e ao IPUF (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis ) que consideraram uma descoberta arqueológica”, explica o general Trindade.

Ele conta que o laudo da construção revelou ser uma antiga instalação para o armazenamento de água, que guarda semelhanças com construções existentes na Ilha Terceira, nos Açores, e no Convento da Cartuxa, em Évora, Portugal. No entanto, a data de sua construção não pôde ser determinada.

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