‘Terror das uretras’: candiru chama atenção e traz debate de risco aos humanos

Um vídeo gravado no Alto Rio Paraguai, no Mato Grosso, mostra uma carcaça de peixa com dois candirus em seu corpo. O registro chamou atenção para essa espécie de conhecida como “peixe-vampiro”.

Vídeo mostra uma carcaça de peixa com dois candirus em seu corpo. – Foto: Cabo Magneto/Internet/Reprodução/ND

A imagem foi registrada pelo Cabo Magneto, do Exército Brasileiro que atua na região do Pantanal. O Candiru que aparece no vídeo está presente na Região Amazônica e é muito temido pela população do local.

Entre as várias espécies de candirus: alguns deles são “carniceiros”, ou seja, se alimentam da carne de outros peixes. Enquanto outros são apenas hematófagos, esses se contentam apenas com o sangue.

No caso do vídeo, se trata de um candiru carniceiro de linhagem amazônica. Este animal é um parasita, ele costumar perfurar as escamas dos peixes ou se aloja em suas guelras, extraindo o sangue ao se fixar no local.

Os “vampiros” que atacaram o peixe do vídeo se alimentaram de tudo que estava na parte interna do corpo dele, o que levou a morte do animal.

A espécie é distribuída nas Bacias Amazônica, Prata, São Francisco e na do Leste. O candiru pode ser encontrados em tocas em fundos arenosos ou lamacentos.

Pode alcançar comprimentos de 2,5 a 18 cm, com 6 mm de largura.

Os riscos

O animal gera medo nos banhistas pela capacidade de entrar em orifícios do corpo humano. Ele pode ser atraído pelo fluxo da urina e penetrar na uretra, no ânus ou na vagina.

Segundo o Portal Pantanal, o candiru se fixa para sugar o sangue da vítima, abre a parte posterior do corpo, dificultando a saída. Além disso, as nadadeiras do peixe possuem o formato de um guarda-chuva. Por isso, ele só pode ser retirado por meio de cirurgia.

No entanto, os povos indígenas que vivem na região utilizam duas plantas, a Xagua (Genipa americana) e um tipo de maçã, cujo extrato é inserido na área afetada. Este tem a função de dissolver o peixe. Mas, frequentemente, a infecção causa a morte das vítimas antes que o peixe possa ser removido.

Cuidados com o candiru:

• Evite nadar sem trajes de banho que cubram os órgãos genitais;
• Não nade em locais desconhecidos sem antes falar com pessoas que conheçam a região;
• Evite entrar na água com cortes e arranhões recentes que possam sangrar;
• Jamais urine na água, já que a ureia pode atrair o Candiru e outros predadores;
• Caso seja atacado por um Candiru, não puxe em sentido contrário, porque os seus dentes podem rasgar a uretra. Procure um médico imediatamente!