Opinião: O drama e a gratidão de um jogador do Figueirense; leia e entenda o caso

A aposentadoria nem sempre é momento fácil na carreira de um profissional. Ainda mais no futebol, tema aqui da coluna, onde o atleta convive com o “glamour”, com os aplausos da torcida nas arquibancadas após um boa jogada e o “status” de ídolo. Não é fácil parar de uma para outra. Não é fácil dormir como jogador e acordar como um ex-atleta e ver o par de chuteiras pendurado na parede.

Quando esse momento é preparado e bem pensado, essa mudança radical de vida, é amenizada e aliviada. E mesmo assim, há relatos de dificuldades de adaptação pela transformação da rotina. Sem contar com a queda de rendimentos financeiros e outros benefícios.

Agora imaginem quando essa aposentadoria ocorre assim, de uma hora para outra, surpreendendo a torcida de um clube, como é o caso da comunicação do “time do povo” na noite de ontem informando que o lateral William Matheus (que atuou no último jogo do clube no Scarpelli) rescindiu o seu contrato com o Figueirense e partir desta manhã de sexta, é um atleta aposentado?

É um drama, e ampliado pelo motivo que forçou o lateral campeão pela Copa SP de Juniores com a camisa do Figueirense a tomar essa decisão difícil: as dores no joelho e o seu difícil tratamento. Se esse caso, mostra o momento difícil do jogador, também demonstra a gratidão que nem sempre os jogadores tem por uma camisa.

William Matheus foi digno, não vinha atuando com eficiência, é verdade, (não seria o crônico problema no joelho?), mas ao encerrar o seu último contrato como jogador profissional, ele optou por não “sugar” o clube e abriu mão do contrato. Sincero e honesto na sua decisão, o futebol perdeu um lateral com uma carreira vitoriosa. E a sociedade ganhou um homem correto e leal.

VÍDEO: TV Figueira

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