Servidores de Florianópolis mantêm greve após seis dias de paralisação

O Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal) realizou na tarde desta segunda-feira (5) nova assembleia para decidir o futuro da greve deflagrada no último dia 31. Os trabalhadores decidiram manter o movimento, que chegou ao sexto dia. A decisão foi unânime, segundo o sindicato.

Servidores de Florianópolis se reuniram com o MTE

Sindicato se reuniu com MTE na tarde desta segunda-feira – Foto: Sintrasem/Divulgação/ND

Os grevistas criticam a falta de diálogo com a prefeitura de Florianópolis. Nesta segunda-feira (5) o movimento se reuniu com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Santa Catarina, vinculada ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O Executivo não compareceu.

Na manhã desta segunda-feira (5), a prefeitura de Florianópolis afirmou que a greve é “ilegal” e que “iniciou sindicância e processo administrativo para exoneração de faltantes, conforme recomendação do Ministério Público e Tribunal de Justiça e também já está em fase de contratação de terceirizados para ocupar as vagas de grevistas”.

O movimento é contrário à gerências das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Norte e Sul da Capital por OSs (Organizações Sociais) – mudança anunciada em março pela prefeitura da Capital. Também reivindicam “valorização do serviço público”.

Balanço

Conforme balanço da prefeitura de Florianópolis divulgado na manhã desta segunda-feira, 17,43% dos profissionais efetivos da Saúde aderiram à greve e o serviço foi afetado em 47 Centros de Saúde, três CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), cinco policlínicas e, desde o início, nenhuma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) aderiu ao movimento.

Na educação, das 124 unidades, 14 estão sem atendimento, e as restantes com atendimento total ou parcial. Em comparação com a última sexta-feira (2), o levantamento de profissionais que aderiram à greve nesta segunda-feira, registrou queda: cerca de 100 profissionais retornaram aos serviços no início desta semana.

“Os responsáveis pelos estudantes são sempre informados no dia anterior sobre a situação da turma correspondente”, informou a prefeitura.

O que os trabalhadores cobram?

O Sintrasem declara que, após quase dois meses de negociações de Data-base, a prefeitura “não apresentou uma resposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores, além de negar avanços e investimentos para a melhoria do serviço público de Florianópolis”.

Já a prefeitura, diz que as negociações entre executivo e sindicato estavam abertas e com proposta de aumento real por parte da Prefeitura: 6% no salário e mais 6% no vale-alimentação. Além disso, o município ofereceu mais uma gratificação aos auxiliares de sala, grande massa de trabalhadores da educação, o que resultaria em um aumento total de 17% no salário.

 

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