Agricultores compram R$ 260 em asfalto para fechar buracos e andar na SC-283

Em virtude das péssimas condições da rodovia SC-283, no trecho entre Xavantina e Seara, no Oeste de Santa Catarina, um grupo de moradores se reuniu para improvisar uma operação de tapa-buracos na pista.

Seis moradores se reuniram na ação – Foto: Belos FM/ND

Com R$ 260,00, os seis agricultores de comunidades próximas compararam 100 quilos de asfalto frio em uma usina de Xanxerê/SC para tapar quatro dos principais buracos do trecho. Essa operação comunitária aconteceu na manhã dessa sexta-feira (14).

“É preciso que o Governo do Estado faça alguma coisa. Não é função nossa recuperar o asfalto, então a gente espera que o governo, de fato, assuma seu papel e faça as melhorias necessárias na rodovia”, afirmou o coordenador regional do Sintraf, Éder Antônio Tochetto, em entrevista à Rádio Belos FM.

Ao Grupo ND, a Secretaria de Infraestrutura do Estado informou que está correndo para viabilizar melhorias urgentes, como a operação tapa-buracos, roçada e sinalização, especialmente no trecho de Arvoredo até a entrada de Arabutã.


Seis moradores se reuniram na ação – Vídeo: Belos FM/ND

Deputados vão discutir o assunto

A situação das rodovias serão debatidas em audiências publicas ainda em abril, segundo integrantes da Bancada do Oeste na Alesc  (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina).

O deputado Marcos Vieira (PSDB), o coordenador da Bancada, disse que um dos motivadores desta ação foi o que ocorreu neste fim de semana em Seara, na SC-283, quando uma dezena de carros teve os pneus furados devido à situação de precariedade da rodovia.

“Mas além da SC-283, que está em péssimas condições, também queremos tratar de outras importantes rodovias, como a SC-305, a SC-160, a SC-350, fundamentais para o nosso Estado e que precisam ter a devida atenção do Governo do Estado”, explicou o deputado.

Ainda conforme o coordenador, houve uma diminuição no ritmo dos trabalhos em várias rodovias e o Estado não está fazendo o pagamento, pois o governo está reavaliando os contratos.

“Mas o catarinense não pode ser mais penalizado, até porque as obras já estavam em andamento”, concluiu Marcos Vieira.

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