Dia do Cinema Brasileiro: 6 filmes para prestigiar as produções nacionais

No Dia do Cinema Brasileiro, data criada para enaltecer as produções nacionais, é importante lembrar quando tudo começou. A primeira estreia foi há 115 anos, em 1908. Muito mudou e continua mudando, mas de uma coisa não temos dúvida: com a possibilidade de curtir a sétima arte nas telonas, canais de TV e plataformas de streaming, os filmes nunca chegaram a um público tão grande.

Ícone da literatura nacional, a galerinha do Maurício de Sousa entrou para o cinema brasileiro com Turma da Mônica: Laços – Foto: Paris Filmes e Downtown Filmes/Divulgação

Com a comemoração do Dia do Cinema Brasileiro, neste dia 19, que tal celebrar as obras nacionais? Seja comédia, drama, animação ou uma união de cenas reais e desenhos, não faltam opções.

Confira seis títulos bem variados de produções criadas por aqui!

1. Turma da Mônica: Laços (2019 – Livre)

Os personagens Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão em Turma da Mônica: Laços – Foto: Paris Filmes e Downtown Filmes/Divulgação

A Turma da Mônica chegou ao cinema brasileiro quase 60 anos após dar as caras pela primeira vez nos gibis. Com direção de Daniel Rezende, o longa-metragem baseado nos personagens de Mauricio de Sousa trouxe uma história original e foi um sucesso tremendo de bilheteria.

Segundo a Ancine (Agência Nacional do Cinema), mais de dois milhões de espectadores assistiram à aventura nas telonas!

E não é por menos: além de uma bela trilha sonora original, composta por Fábio Góes, o filme contou com um elenco muito bem escolhido, com participações de Rodrigo Santoro e Monica Iozzi. A produção rendeu uma sequência, “Turma da Mônica: Lições”, e um seriado.

2. O Menino e o Mundo (2013 – Livre)

A animação Menino e o Mundo conquistou o prêmio de melhor longa-metragem no Festival Annecy, considerado o mais importante da área – Foto: Divulgação

Este longa-metragem garantiu ao Brasil sua primeira indicação ao Oscar na categoria Melhor Filme de Animação. Apesar de não ter ganhado a estatueta, levou para casa prêmios no Annie Awards, considerado o “Oscar da animação”, e em pelo menos outros 13 festivais.

A direção e o roteiro são de Alê Abreu, que também foi responsável por todos os desenhos, feitos à mão.

A história combina imagem e música para transmitir mensagens poderosas, abordando a globalização por meio de uma jornada pelo mundo moderno sob a ótica de uma criança — uma forma de aprender no Dia do Cinema Brasileiro.

3. D.P.A. – Detetives do Prédio Azul: O Filme (2017 – Livre)

No Dia do Cinema Brasileiro,  a série “D.P.A. – Detetives do Prédio Azul” deve estar na lista dos clássicos – Foto: Divulgação

A combinação de mistério e magia veio com tudo quando a série “D.P.A. – Detetives do Prédio Azul” estreou nos cinemas.

O primeiro longa-metragem da franquia, repleto de efeitos especiais, coloca a turma na missão de evitar a demolição do local que dá nome à aventura.

Além dos protagonistas – Pippo, Bento e Sol –, quem aparece são os detetives das primeiras temporadas do seriado: Tom, Capim e Mila. É ainda mais divertido ver nomes consagrados, como Aílton Graça, Otávio Muller, Maria Clara Gueiros e Mariana Ximenes, participando da grande festa de bruxos. E fique ligado: o quarto filme deve sair em breve!

4. Brasil Animado (2011 – Livre)

Brasil Animado une elementos de live-action e de animação – Foto: Divulgação

Logo que a febre do 3D estourou, por volta de 2009, o Brasil não demorou a colocar nos cinemas seu primeiro filme no formato.

A produção nacional, dirigida por Mariana Caltabiano, mostra uma viagem de Norte a Sul do país, intercalando imagens reais e animação.

Tudo começa quando uma dupla de cachorros parte em busca da árvore nativa brasileira mais antiga.

É um show de belezas naturais! Há homenagens a cada região, das danças gaúchas ao Carnaval de Olinda e dos monumentos de Brasília à Floresta Amazônica.

5. Central do Brasil (1998 – 12 anos)

Central do Brasil é um dos maiores títulos do cinema brasileiro – Foto: Divulgação

No Dia do Cinema Brasileiro, uma das obras mais conhecidas do cineasta Walter Salles é uma obrigatoriedade para conhecer as produções nacionais.

Estrelado por Fernanda Montenegro, o filme traz a mágica conexão entre Josué, um menino que perdeu a mãe e está à procura do pai, e Dora, uma professora que ajuda analfabetos a escrever cartas.

Além da indicação ao Oscar como Melhor Filme Estrangeiro, também levou a protagonista a figurar entre as cinco candidatas ao Oscar na categoria Melhor Atriz, ao lado de Meryl Streep e Gwyneth Paltrow.

Mesmo ficando sem o Oscar, o longa acumulou dezenas de outros prêmios, incluindo o de Melhor Filme e Melhor Atriz (Fernanda Montenegro) no Festival de Berlim.

6. Minha Mãe é uma Peça: O Filme (2013 – 12 anos)

Protagonizado por Paulo Gustavo, Minha Mãe é uma Peça é inspirado na mãe do ator – Foto: Divulgação

Inspirado em uma peça de teatro criada por Paulo Gustavo, o filme apresenta a hilária Dona Hermínia em situações engraçadas e vivendo os desafios da maternidade.

Mas não é apenas isso: a personagem tem um bom coração e encanta com facilidade — pedida certa no Dia do Cinema Brasileiro.

É impossível não se divertir ou lembrar de algum comentário da própria mãe ao ver a protagonista em ação.

Com o sucesso de bilheteria, vieram duas continuações, que tornaram essa trilogia a franquia brasileira que mais levou gente ao cinema: foram 25 milhões de espectadores!

Do Brasil para o mundo

Muitos nomes do cinema brasileiro já despontaram também fora do país. Além de Rodrigo Santoro, que participou de “300” e de “As Panteras Detonando”, a atriz Alice Braga é um bom exemplo.

Ela estrelou o filme de ação “Eu Sou a Lenda”, ao lado de Will Smith, em 2009, e “O Esquadrão Suicida”, baseado nos quadrinhos da DC, em 2021.

Já o cineasta Fernando Meirelles atraiu a atenção internacional com o longa brasileiro “Cidade de Deus”, de 2002, que garantiu a ele a indicação ao Oscar como Melhor Diretor.

Fora do país, comandou produções como “O Jardineiro Fiel”, “Ensaio Sobre a Cegueira” e “Dois Papas”.

Outro que abraçou a experiência de Hollywood foi José Padilha, responsável por “Tropa de Elite”, que dirigiu o remake de “Robocop” em 2014.