Notas do Avaí: A vergonha, a vergonha, a vergonha e a vergonha

DERROTA HUMILHANTE DO AVAÍ. Na última chance do ano para dar alguma alegria para a sua torcida no ano do Centenário, o Avaí foi goleado na estreia do Brasileiro da Série B de forma impiedosa pelo Guarani pelo placar de 4 a 1. A derrota merecida na noite de ontem, em Campinas, foi marcante pela falta de futebol e de uma atuação decepcionante. Um vexame.

PRIMEIRO TEMPO. O primeiro tempo do Avaí diante do Guarani ontem no Brinco de Ouro da Princesa foi bastante preocupante. Um time lento, desorganizado e com um meio de campo ineficiente. Foi basicamente o que de pior o time azurra apresentou no Campeonato Catarinense e na eliminação na primeira fase da Copa do Brasil. Ou melhor, o que tem sido uma característica dessa gestão no gramado.  Com o estreante goleiro Ygor Vinhas fazendo três defesas e com o o goleiro do Bugre só olhando, o retrato da etapa inicial foi esse: decepcionante.

SEGUNDO TEMPO. Na volta para o segundo tempo, ao acelerar o jogo o Avaí empatou o jogo logo no início. Mas foi apenas ilusão. Logo o time mal treinado “voltou ao normal” e o Guarani foi construindo a goleada humilhante. Noite horrorosa do Avaí na estreia da competição nacional. O sofrimento da temporada de 2023 até aqui continua para o torcedor.

REGREDIU. A verdade é o tempo de treinamento que o elenco teve após a eliminação no estadual e a estreia de ontem no Brasileiro fez o time regredir, piorar. Algo impressionante. Estamos na metade de abril e a sensação é que a equipe vai precisar começar de novo do “zero” para dar alguma esperança para o seu torcedor. Enquanto outras equipes já tem o seu padrão de jogo, as suas características, o Avaí em campo parece que ainda “não entrou” na temporada.

A TAL DA DOBRA. A tal da “dobra” proposta pelo Alex não deu certo. Garantir a vaga no time para o Thales Oleques, que como lateral, não passa do meio de campo e juntar o Igor Inocêncio, com o perdão do trocadilho, é uma inocência.

SE ARRASTANDO EM CAMPO. Vamos lá, se ninguém na Ressacada tem coragem ou competência para ver, aqui vai a dica. O Avaí já sai perdendo para os adversários por ter nenhuma criação no meio de campo. Nenhuma. O Eduardo ontem matou a bola na canela. Ficou em campo até os 32 minutos da segunda etapa. E o Robinho está se arrastando em campo. Está caminhando. E daquelas coisas inexplicáveis, ficou o tempo todo no gramado. Quem sabe para ver e aplaudir o Régis, 30 anos,  do Guarani e para ver o que é um papel de meia criador. Lembrando que o Robinho, 35 anos,  (que deve ter algum item no seu contrato que o obrigue a escalar de titular) já tinha visto o Fernandinho, 37 anos, do Retrô pela Copa do Brasil – que é mais velho – correr 90 minutos e também mostrar diante do Avaí como é atuar nesse setor….

DESÂNIMO. Sobre o comentário acima, antes mesmo de começar o jogo, recebi mensagens de alguns torcedores desanimados com a escalação do time titular. “Poxa, esperar a estreia do Brasileiro para ter o Eduardo e o Robinho no meio como homens de criação é para desanimar. Se no fraquíssimo Estadual  não funcionou, por que alguém acredita que agora, com adversários melhores isso vai funcionar?” Boa pergunta.

A COLETIVA. Na entrevista após o jogo, um Alex de Souza visivelmente abatido tentava justificar a goleada sofrida. Ao ser perguntando pela titularidade do  Robinho (atenção treinadores quando surge esse tipo de pergunta, é porque o problema é visível), Alex disse que ele é escalado “pela liderança”. E confessou que ele seria substituído  ( e porque não foi?) mas reconheceu que a fase do meia não é nada boa. Mas aproveitou para alfinetar o planejamento de futebol do Avaí: “Mas é o único que temos nessa função no elenco. Já tentei outros atletas ali e não deu certo”. Isso é verdade, mas dando certo ou não, Robinho continua como titular “pela liderança”.

A ESTRATÉGIA. Mas o torcedor do Avaí pode ficar tranquilo. O clube nessa gestão não divulga a relação do atletas relacionados para os jogos para “confundir os adversários”…

FALA, TORCEDOR! Do avaiano Valdinei Albino. “Time faz 3 semanas de treinos fechados pra ver isso na estreia da Série B. Avaí jogou muito com as linhas distantes, alguns jogadores não estão preparados pra jogar futebol e na Série B! Primeiro tempo Guarani melhor, na volta do segundo tempo Avaí evoluiu um pouquinho com a entrada do Patinho e do Júlio Cesar (nem no amador serve) 1×1 , aos 9 do segundo tempo entra o coroa bom jogador Régis (7 gols no Avaí) com Wellington marcando bem e tirando os espaços dele, porém só o Wellington estava bem, quando o Wellington saiu aos 23 minutos o time se perdeu todo, a zaga toda perdida, os laterais muitos fracos, Alan Costa ( muito mal), sou contra trazer jogador que já passou por aqui. Os níveis de contratações do Avaí é incrível (Marquinhos Cipriano , Júlio Cesar e um tal de Igor Inocêncio), não dá pra entender ficar 3 semanas treinando fechados. Sem marcação, sem organização, parecendo nossos times dos amadores. Alex 5 meses no Avaí e não tem padrão tático nenhum, no Catarinense fez alguns milagres, mais foi um nível medonho. Não tem meio. Só Wellington serve pra Série B no meio, onde é o coração e o pulmão do time. Resta aguardar o próximo episódio”.

 

 

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