‘Em um piscar de olhos’: vítimas do submarino não sentiram dor, mas corpos foram destruídos

Após a confirmação da morte dos cinco passageiros que estavam na expedição do submarino perdido, especialistas afirmam que as vítimas morreram através de uma implosão “catastrófica”, na qual matou todos da embarcação instantaneamente, deixando seus corpos em pedaços.

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Não há chance de recuperar os corpos das vítimas que estavam no submarino – Foto: @Terror_alarm/Twitter/Reprodução/ND

Em entrevista à NBC News, o professor Paul White, especialista em acústica e forças subaquáticas, da Universidade de Southampton, na Inglaterra, explicou que a força da pressão da água do mar profundo é tão colossal e imediata que faria o submarino sumir antes mesmo que algum tripulante pudesse imaginar o que estava acontecendo.

Implosão “catastrófica” do submarino

A morte dos passageiros teria acontecido pelo fato da cápsula, da empresa OceanGate, ser feita de fibra de carbono, um material experimental e que não havia sido testado em grandes profundezas.

O submarino teria sofrido uma pressão externa que equivale, aproximadamente, ao peso da Torre Eiffel, de 10 mil toneladas, de ferro.

Dessa forma, a força da água causaria uma série de explosões, que fariam o submarino desaparecer em questão de segundos, quase sem deixar vestígios, e os passageiros morreriam no momento em que a massa de água os atingisse, afirmou o professor.

Blair Thornton, professor de autonomia marítima, também na Universidade de Southampton, afirma que os passageiros do submarino não sentiram qualquer dor.

“Todo esse processo aconteceu em um piscar de olhos, um estalar de dedos. Não acho que houve sofrimento ou qualquer consciência do que aconteceu”.

Para o Dr. Nicolai Roterman, ecologista de águas profundas da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, a recuperação de qualquer corpo apresentaria “desafios substanciais”.

“E acho que a prioridade, neste momento, é a recuperação do máximo de destroços possível”, comentou, opinando sobre o que pode contribuir para elucidar o caso.

Os passageiros eram Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet.

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