Ministra das Mulheres visita SC e defende maior debate sobre misoginia e violência política

A Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, esteve em Florianópolis nesta quinta-feira (20), onde cumpriu uma série de compromissos. Cida se reuniu com instituições de ensino, esteve na Câmara de Vereadores e participou de uma reunião com o Conselho Gestor do Observatório da Violência contra a Mulher. Ainda esteve presente na Aula inaugural da “Escola de Mulheres”, na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina).

Ministra esteve reunida com representantes de instituições de ensino e lideranças – Foto: Robson Ribeiro/UFSC/Divulgação/ND

Cida chegou na Alesc por volta das 17h50 e foi apresentada ao Observatório de Violência Contra a Mulher, que monitora os casos de violência contra mulher em Santa Catarina.

Na reunião do plenário, a ministra elogiou o Observatório de Violência das Mulheres de Santa Catarina. “Que trabalho maravilhoso que vocês estão fazendo. Parabéns a todas as mulheres que fizeram ele, é algo que deve ser copiado por todo o país”, ressaltou.

Falou sobre políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulher e convidou todas as catarinenses para a marcha contra a misoginia. “Eu estou começando a marcha pelo fim da misoginia. É nesse aspecto que hoje eu estou em Santa Catarina e eu vou voltar com o desafio de conversar com o governador e de conversar com o prefeito. Eu quero convidar o povo de Santa Catarina e as instituições para que façamos a discussão da misoginia”, disse.

Ministra participou de uma reunião com o Conselho Gestor do Observatório da Violência contra a Mulher – Foto: Júlia Venâncio/ND

Aula magna

Após a reunião no plenário, a ministra se encaminhou para a Aula Magna da Escola de Mulheres, junto à deputada Luciane Carminatti. Entre os assuntos discutidos, esteve a representatividade feminina nas disputas entre os cargos políticos.

“Quero triplicar o número de mulheres nos espaços de poder. Nós precisamos efetivamente fortalecer as mulheres para serem candidatas. Precisamos fortalecer os espaços e os lugares das falas das mulheres. As mulheres precisam ser ouvidas’.

“Não podemos aceitar 12% de representatividade de uma população de 52%.”

Violência política de gênero

Pela manhã, a ministra esteve na Câmara Municipal de Florianópolis, onde participou de um ato que discutiu iniciativas de enfrentamento à violência política de gênero em Santa Catarina e no Brasil.

Cida destacou que pretende criar um Grupo de Trabalho interministerial para o enfrentamento deste tipo de violência e um canal de denúncias no Ministério das Mulheres.

Ela ainda se mostrou atenta aos casos de ameaças contra parlamentares catarinenses e pediu que o parlamentar que agarrou e beijou à força a vereadora Carla Ayres no plenário da Câmara de Vereadores tenha o mandato cassado.

Ministra participou de ato na casa legislativa – Foto: Câmara de Vereadores de Florianópolis/Divulgação/ND

Casa da Mulher Brasileira

Na ocasião da visita da ministra à Casa Legislativa, as vereadoras da bancada feminina do PSOL Tania Ramos e Cíntia Mendonça entregaram  um documento à ministra, no qual pedem apoio do Ministério das Mulheres para o estabelecimento de uma unidade da Casa da Mulher Brasileira em Florianópolis.

Protocolado na Câmara na última semana, o documento sugere que Florianópolis seja inserido no programa Mulher, Viver sem Violência, que tem como objetivo integrar e ampliar os serviços públicos de atendimento às mulheres vítimas de violência.

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