O maior dilema da vida do prefeito de Criciúma

Depois de tronar público o desejo de deixar o PSDB, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, tem levado a um verdadeiro quebra-cabeças. As primeiras especulações indicam que há dois caminhos prováveis: PP ou PSD. A questão mais importante, entretanto, é sobre os que vão lhe acompanhar e os reflexos destes em seus municípios.

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, vice hoje o seu maior dilema. – Foto: Arquivo

Salvaro está de olho no seu futuro político. Após dois mandatos seguidos de prefeito – são três e um quarto que lhe foi retirado pela Justiça Eleitoral – mira voos mais altos. Em 2026 ele deve figurar na lista de candidatos preferencialmente na majoritária.

O partido que lhe oferecer a condição de vaga na majoritária estadual em 2026 deve ser o escolhido.

Ocorre que só na região carbonífera Salvaro lidera dois prefeitos com grande ascendência. São eles Frack Salvado (Siderópolis) que está no primeiro mandato e Rogério Frigo (Nova Veneza) que não poderá concorrer à reeleição.

No caso de Siderópolis, Clésio mantém amplo domínio nas ações. Se mudar o prefeito Franck Salvaro deve segui-lo. Já em nova sigla, seja PP ou PSD, vai se defrontar com lideranças locais já estabelecidas o que não significa acolhida simples.

Já o prefeito de Nova Veneza, Rogério Frigo teria enormes dificuldades se fosse seguir o líder regional. Se fosse para o PP, por exemplo, uma prática quase impossível, já que este é o seu maior rival no município. Além disso PP significa anti-Frigo. Este líder Salvaro não deve levar consigo seja a ida para o PP ou PSD.

Neste caso o PSDB pode passar a ser liderado pela deputada federal Geovânia de Sá (hoje suplente ocupa vaga de Carmen Zanoto na Câmara federal). Significa que o melhor caminho para Geovânia seja manter-se no PSDB e liderar os que não forem com Salvaro. Isso seria apenas a prática de teses que já circulam nos bastidores sobre o distanciamento de ambos.

Já no âmbito pessoal Clésio Salvaro mira 2026 passando por dois dos seus principais parceiros políticos, Esperidião Amin (PP) e Júlio Garcia (PSD).

Salvaro é estrategista, por isso lançou cedo a informação de que pode mudar de partido, pois assim as repercussões vão lhe indicando o caminho. Tem prazo para isso até início de outubro de 2025, ou seja, muito tempo.

Só não deve desfrutar deste tempo todo porque para ter o direito de receber o retorno do seu futuro partido em 2026, terá que “pagar a fatura em 2024”. Assim, são os seus seguidores que tem o tempo abreviado para outubro deste ano.

Outra grande dúvida é sobre a força que Salvaro terá para barganhar com os seus seguidores se a partir da próxima eleição estará fora do poder.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.