‘Ossada estava exposta’: caixão é retirado de sepultura e depredado em cemitério de Lages

A cidade de Lages, localizada na Serra catarinense, foi surpreendida por uma cena assustadora e “macabra” de vandalismo na última segunda-feira (24). Durante uma cerimônia no cemitério Santa Terezinha do Salto Caveiras, os moradores da pequena comunidade do interior da cidade perceberam que um caixão havia sido depredado, estando fora da sepultura e com a ossada totalmente exposta.

Durante uma cerimônia no cemitério Santa Terezinha do Salto Caveiras, em Lages, moradores avistaram o ocorrido. – Foto: Anderson de Liz/Reprodução/ND

Para o desespero daqueles que presenciaram a cena, o caixão foi avistado sobre o gramado do cemitério, totalmente fora da sepultura, com marcas de depredação e aparentemente queimado.

Segundo o gerente de cemitérios de Lages, Anderson de Liz, que trabalha na Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente do município, foi o primeiro caso dessa natureza na cidade. Liz afirma, ainda, que o cemitério possui mais de 200 anos em uma localidade retirada do município.

Local é uma área privada

O fato consternou e gerou indignação em toda a população da comunidade Santa Terezinha do Salto. Liz afirma que não sabe o que motivou a depredação, podendo ter ocorrido por vandalismo ou até para ver se o corpo possuía algum pertence pessoal de valor.

Anderson Liz ressalta que o terreno do cemitério não pertence à Prefeitura de Lages. “É uma área privada, cedida para servir como cemitério”, explica.

Cemitério ficará cadeado após depredação do caixão

Segundo a Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente do município, um cadeado foi adquirido para manter o portão do cemitério fechado durante a noite. Uma cópia da chave foi entregue a um representante da comunidade, responsável por trancar o portão todas as noites e evitar que essas ocorrências se repitam.

O caixão depredado foi colocado novamente na sepultura pelos familiares e a secretaria se encarregou da limpeza do local. A família não quis se manifestar sobre o caso para se manter preservada.

O caixão depredado foi colocado novamente na sepultura pelos familiares e a secretaria se encarregou da limpeza do local — Foto: Anderson de Liz/Reprodução/ND

Ainda, segundo Liz, o cronograma de limpeza é realizado mensalmente nas comunidades mais afastadas, dificultando a fiscalização.

Por conta desse fato, a Prefeitura de Lages registrou um B.O (Boletim de Ocorrência).