No mês do autismo, Podcast aDiversa debate os desafios de mães atípicas na maternidade

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), uma em cada 160 crianças no mundo tem Transtorno do Espectro Autista. Dessa forma, a ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu o abril azul como uma forma de conscientizar pessoas sobre o autismo.

A visibilidade ao tema costuma ser pauta para mulheres que são mães de filhos e filhas com o Transtorno do Espectro Autista. Após a maternidade, elas são, muitas vezes, isoladas da sociedade, dos amigos e do trabalho. Mães atípicas é o assunto do episódio do podcast Adiversa desta sexta-feira (28).

Podcast aDiversa conversa sobre os desafios de mães atípicas na maternidade. – Foto: Divulgação/ND

Para conversar com a apresentadora Luciana Barros, estão presentes no episódio: Larissa Smith, presidente do Instituto Pró Autismo em Florianópolis e Carine Ines Tato Rodrigues, mãe atípica e formada em Neuropsicopedagogia. O apresentador convidado é Nelson Felix , pai atípico e produtor executivo da NDTV.

Quem cuida daqueles que cuidam?

A maternidade é algo que implica em responsabilidade e desafios, mas para mulheres com filhos ou filhas com Transtorno do Espectro Autista os desafios podem ser ainda maiores. Entre eles, está o acúmulo de funções que as mães acabam tendo.

“Além de ser presidente do Instituto também sou mãe do Pedro, de 10 anos, que é autista.  A gente cria muitas funções  em relação aos nossos filhos: viramos a mãe motorista, a mãe que precisa estimular e a que  precisa cuidar.  Muitas mães não conseguem trabalhar, como foi o meu caso. O Instituto foi meu trabalho após nove anos”, conta Larissa Smith.

Para Carine, o isolamento de uma mãe atípica vem de pessoas que não entendem a realidade que vivem. “Eles não conseguem compreender e muito menos mensurar o quanto a gente se doa todos os dias. O quanto o nosso trabalho de mãe é essencial para o desenvolvimento das nossas crianças”.

Nelson é pai do Augusto, de sete anos, e conta sobre o momento de diagnóstico do filho: “Eu sou pai do Augusto e do Gabriel. O Augusto vai fazer oito anos e a gente teve diagnóstico dele quando tinha quase dois anos de idade.  Não fugindo da regra: eu fui o cara que não entendeu. O que era o autismo? Por que aquilo?”.

O produtor executivo conta que existe uma divisão de funções entre ele e a sua esposa, Fran, para que não aconteça um acúmulo de funções para apenas um dos pais.

“A gente tem essa parceria. Dentro de casa a gente sabe o que fazer. Tenho muito orgulho de falar que na nossa família, somos muito parceiros em relação a isso”.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.