Pastor que abusou de 9 fiéis durante orações em Tubarão é condenado a 40 anos de prisão

Um pastor, de 53 anos, foi condenado a mais de 40 anos de prisão, em regime fechado, pelo abuso de nove fiéis. As vítimas são oito mulheres, sendo duas adolescentes na época, e um homem, conforme sentença da 2ª Vara Criminal de Tubarão, no Sul catarinense.

Pastor que abusou de 9 fiéis durante orações em Tubarão é condenado a 40 anos de prisão. – Foto: Freepik/Divulgação/ND

Segundo a denúncia do Ministério Público, os crimes aconteceram entre 2011 e 2021, quando o líder espiritual ficava a sós com as vítimas e praticava “os atos sob o pretexto de ser uma forma de oração”. A violência aconteceu dentro da igreja onde atuava, na casa de algumas vítimas e num salão de beleza.

O pastor está preso desde 4 de novembro de 2022. Ele teve negado o direito de recorrer em liberdade. Na análise, o juízo destacou que por ao menos 12 anos o réu exerceu o ministério religioso, por meio do qual submeteu as vítimas e conseguiu meios de praticar os abusos.

“Assim, sem que se ponha um grande hiato a essa prática, a tendência concreta é que, prontamente solto, retorne à atividade religiosa, propiciando-lhe novamente os meios para a prática criminosa. E a reiteração das práticas que ficou evidenciada neste caso dá elementos concretos para concluir que, em liberdade, há risco de ele retomá-las”.

Segundo o Judiciário, mesmo após a prisão, houve quem defendesse o denunciado, inclusive a própria igreja; “transformando as vítimas em culpadas, em verdadeiro processo de ‘demonização’”.

Pena e indenização

O réu foi condenado à pena de 40 anos e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pelo crime de violação sexual mediante fraude por 13 vezes. Cabe recurso da decisão. O processo tramita em segredo de justiça.

O denunciado foi condenado ainda a indenizar cada uma das vítimas por danos morais em R$ 7 mil, com exceção de uma vítima que suportou o abuso em cinco oportunidades e terá direito a R$ 15 mil. O valor das indenizações totaliza R$ 71 mil.

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