Eleições 2024: SC figura no top 10 estados com mais denúncias por assédio eleitoral no trabalho

Santa Catarina registrou, até esta quinta-feira (19), 14 denúncias de assédio eleitoral no trabalho. O número faz com Estado seja o 8º do Brasil com o maior número de denúncias. Os dados da campanha para prefeitos e vereadores são do MPT (Ministério Público do Trabalho).

urna assédio eleitoral no trabalho

Santa Catarina recebeu 14 denúncias de assédio eleitoral nestas eleições – Foto: Moises Stuker/NDTV

Conforme os dados do MPT, Santa Catarina registrou 14 denúncias de assédio eleitoral referentes às Eleições 2024. Destas, 12 são únicas, ou seja, não foram denúncias repetidas sobre a mesma situação.

O assédio eleitoral é caracterizado como a prática de coação, intimidação, ameaça, humilhação ou constrangimento associados a um pleito eleitoral, com o objetivo de influenciar ou manipular o voto, apoio, orientação ou manifestação política de trabalhadores no local de trabalho ou em situações relacionadas ao trabalho.

As denúncias podem ser feitas pelo site do Ministério Público do Trabalho.

Veja ranking de Estados com mais denúncias de assédio eleitoral

  1. Bahia: 45 denúncias
  2. São Paulo: 40 denúncias
  3. Paraíba: 22 denúncias
  4. Goiás: 20 denúncias
  5. Minas Gerais: 19 denúncias
  6. Paraná: 18 denúncias
  7. Rio de Janeiro: 17 denúncias
  8. Santa Catarina: 14 denúncias
  9. Ceará: 13 denúncias
  10. Piauí: 13 denúncias
  11. Sergipe: 13 denúncias
  12. Pará: 10 denúncias
  13. Pernambuco: 10 denúncias
  14. Rondônia: 10 denúncias
  15. Amazonas: 9 denúncias
  16. Espírito Santo: 9 denúncias
  17. Rio Grande do Sul: 8 denúncias
  18. Alagoas: 7 denúncias
  19. Rio Grande do Norte: 6 denúncias
  20. Distrito Federal: 5 denúncias
  21. Mato Grosso: 3 denúncias
  22. Mato Grosso do Sul: 2 denúncias
  23. Roraima: 2 denúncias
  24. Tocantins: 2 denúncias
  25. Acre: 1 denúncia
  26. Maranhão: 1 denúncia
  27. Amapá: 0

Número de denúncias de assédio eleitoral supera em quatro vezes as de 2022

No Brasil, a campanha eleitoral para prefeitos e vereadores registra até esta quinta-feira (19) 319 denúncias de assédio eleitoral. O número supera em mais de quatro vezes o total de 2022, quando 68 acusações foram registradas no primeiro turno das eleições.

Das mais de 300 denúncias, 265 são individuais, isto é, não houve repetição da queixa.

Mesmo assim, o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, não acredita que as atuais eleições municipais venham superar o total das eleições gerais de 2022, que após o segundo turno totalizou 3.606 denúncias.

“Temos o primeiro turno com mais denúncias, mas não acredito que o segundo turno terá a mesma velocidade que teve no segundo turno da eleição anterior. Não há o ambiente daquele momento, a polarização não vai aumentar”, avalia o procurador.

Para ele, o que chamava atenção nas eleições de 2022 era o volume de casos e a forma explícita e documentada de assédios. “Tinha vídeos que eu assistia e dizia ‘não acredito que uma pessoa fez isso’. É caso de estudo”, opina Ramos Pereira.

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