Comunicação “falsa” de crime no Norte da Ilha

– Foto ilustrativa-arquivo –   Bruno Golembiewski/ND

No Brasil, em matéria legal, vive-se uma situação que beira a pura esquizofrenia. Os códigos dizem uma coisa, mas a realidade diz outra.

A jornalista Anny Metzker, por exemplo, tem assistido, nos últimos dias, a um processo contínuo de transgressões a todos os códigos de conduta, ao denunciar aos órgãos de fiscalização do município uma construção clandestina na Cachoeira do Bom Jesus, no Norte da Ilha, ao lado da sua residência, com barulho incessante  dia e noite.

Após lavrar diversos boletins de ocorrência na tentativa de impedir a continuação das obras, ontem Anny chamou a polícia para coibir o barulho  e a situação atingiu seu clímax. No exato momento da chegada da viatura policial não havia movimentação na obra clandestina.

E como  se o errado passasse a ser certo; e o certo, o errado, os dois soldados  emitiram  intimação para a jornalista “comparecer ao Juizado Especial Criminal” por “comunicação falsa de crime ou de contravenção”, além de ameaçá-la de prisão.

Causa especial estranheza, aos que ainda têm apreço pela lei, que esse tipo de perversão seja praticado por servidores que são pagos para justamente fazer cumprir a lei. Seria cômico se não fosse trágico. Pode isso?

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