Rodeio de São José dobra expectativa de público e fecha edição com 50 mil pessoas

“Foi um sucesso”, avalia o patrão do CTG Os Praianos, Lourival José Ouriques, sobre o 50° Rodeio Nacional e o 16° Rodeio Internacional do CTG em São José, na Grande Florianópolis. Com expectativa para 25 mil pessoas no início do evento, Ouriques revela que o público dobrou para 50 mil pessoas durante os nove dias.

Provas campeiras são uma das principais atrações do rodeio – Foto: Leo Munhoz/ND

Com uma área de 12 hectares, a organização do evento apontou, inclusive, que os espaços dedicados somente para os acampamentos não foram suficientes para comportar todas as pessoas e tiveram que distribuir as barracas pelos estacionamentos.

“Os espaços ficaram lotados e, acredito que se tivesse um pouco mais de pessoas, não teríamos como absorver. Mas o importante é que conseguimos atender a todos e isso é maravilhoso”, analisa Ouriques.

Em seu último ano de patronagem, Ouriques demonstrava orgulho pelo trabalho realizado durante os dois anos como patrão. “O sentimento é um só: gratidão. Essa edição foi uma junção da organização da nossa equipe e da mídia que nos ajudaram a divulgar o evento”, conta. “Isso aqui é o resultado de um trabalho que fizemos com amor, caridade, proteção, alegria e muita moralidade”, ressalta.

Ele revela que agora o momento é de descanso e de dedicação exclusiva para a família. “Eu abandonei a minha família porque eu me doei ao CTG. Também acredito que temos que dar oportunidade para outros chegarem. Afinal, o importante é a entidade e não a patronagem.”

Encerramento com shows e bailes

O clima era de muita música e baile no último dia de Rodeio, neste sábado (8). O show de Athayde & Mestre Jovenil (Duo Festança) começou às 14h. Por volta das 16h, já havia começado o baile aberto, com o grupo Chão Batido. E, encerrando o evento, a animação do baile foi por conta do Grupo Tchê Farrapos.

Nos nove dias de evento subiram ao palco 25 atrações musicais – Foto: Leo Munhoz/ND

Para a maquiadora Maralice dos Santos e o empresário João Carlos Cardoso, o evento “foi maravilhoso”. O casal mora em Palhoça, mas conta que decidiu acampar no parque durante os nove dias. “Já acompanhamos o rodeio há muitos anos e gostamos muito da edição deste ano”, aponta Maralice.

Com a filha Olívia, de 3 anos, e a afilhada Natália, de 9, o local foi ideal para passar um momento em família. “Tem parque de diversões para as crianças e opções para todos os gostos na praça de alimentação. Está bem legal”, declara Maralice.

Provas campeiras são atração

A área campeira é uma das principais atrações do rodeio. Foram mais de 30 modalidades, em diversas categorias, totalizando mais de R$ 120 mil para os competidores.

O autônomo Guilherme Inckel, 18, e o fisioterapeuta Eduardo Neckel, de 33 anos, do CTG de Urubici – Foto: Leo Munhoz/ND

Entre as provas da edição deste ano o destaque foi para a Taça 50 anos CTG Os Praianos – Dupla Oficial Internacional. Somente esta competição somava uma premiação de R$ 50 mil, divididos entre forças D, C, B e A, com a participação de competidores da Argentina e Uruguai.

Na competição da força C, de 21 competidores, 14 duplas foram vencedoras, dividindo o prêmio de R$ 10 mil. Entre elas estavam o fisioterapeuta Eduardo Neckel, de 33 anos, e o autônomo Guilherme Inckel, 18, do CTG de Urubici, na Serra catarinense.

“Nós treinamos praticamente todos os dias e ficamos lisonjeados em vencer um título internacional tão disputado. É a força C, mas em nome de várias feras. Estamos felizes pelo resultado na laçada”, opina Neckel.

Valorização da tradição e da família

O Centro de Tradições Gaúchas, apesar de todas as provas tradicionais, ressalta a importância e valorização da família. Durante todo o espaço, avôs, avós, filhos, filhas, netos e netas andaram juntos, aproveitando toda a programação.

Em seu último ano de patronagem, Ouriques demonstrava orgulho pelo trabalho realizado durante os dois anos como patrão do CTG Os Praianos – Foto: Leo Munhoz/ND

No espaço de acampamento, dentro do CTG, toda família estava reunida em seus motorhomes e barracas para aproveitar os nove dias de evento. “Esse é o único esporte que reúne e faz questão de trazer a família junto com ele”, afirma Gustavo Guto, diretor Campeiro do CTG. Ele estava no acampamento com a esposa, seu filho João de 3 anos, cunhada, sobrinhos e um casal de amigos, que também tinha um filho pequeno.

As crianças brincavam perto dos pais, e essa cena se repetia durante todo o momento do acampamento, com muita risada e confraternização de todos que estavam lá. “Esse é o rodeio da família tradicionalista. Tentamos trazer para junto da gente a família e os amigos. E é assim sempre, nós nos cuidamos.”

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