Ex acusado de matar jovem por asfixia em Passo de Torres e alterar cena do crime é condenado

O ex-companheiro de Caroline dos Santos Nunes Idalêncio, acusado de matá-la asfixiada em Passo de Torres, no Sul catarinense, foi condenado a 27 anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado por homicídio quadruplamente qualificado e fraude processual.

Caroline tinha 23 anos e residia em Passo de Torres – Foto: Reprodução/Internet

Jean Idalêncio Antônio, de 30 anos, está preso preventivamente desde dezembro de 2021 no Presídio Regional de Araranguá, também no Sul do Estado. O crime ocorreu no dia 11 daquele mês, por volta das 5h.

Segundo narra a denúncia do Ministério Público, Jean estava em uma casa noturna, quando viu a sua ex acompanhada de outro homem. Com ciúmes, o réu foi até a casa de Caroline, invadiu o local e a esperou com as luzes apagadas.

Caroline, ao entrar em casa, foi atacada pelo ex, com quem manteve um casamento por seis anos e há um mês estava separada. Conforme consta em laudo pericial, a jovem foi agredida e morta asfixiada com um golpe “mata-leão”.

As investigações apontaram ainda que o réu tentou alterar a cena do crime para criar um cenário de suicídio. Porém, os exames da perícia foram incompatíveis com essa hipótese.

Condenação

Além de fraude processual, Jean foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima, asfixia e feminicídio). O réu teve negado o direito do réu recorrer em liberdade. A reportagem não localizou a defesa de Jean.

Sonho com irmão interrompido

Alegre, cativante, dedicada e cheia de sonhos, assim Caroline, de 23 anos, é descrita pelos familiares. A jovem trabalhava na padaria de um posto de gasolina em Passo de Torres e tinha um carinho especial pelo irmão de 3 anos.

“O sonho da Carol sempre foi esse maninho. Nós fomos dar ele meio tarde, quando ela já tinha quase 20 anos, mas mesmo assim era a paixão dela. Ela tinha sonhos de levá-lo para a escolinha. Brincava dizendo que ia ter ciúmes dele quando crescesse e tivesse namorada”, lembrou o pai de Carol, Rodrigo Oliveira Nunes, em entrevista ao ND+ em 2021.

Segundo ele, a filha por onde passava conquistava as pessoas. “Carol sempre foi muito estudiosa e sempre trabalhou para conquistar as coisas. Ela era a alegria em pessoa. Todo mundo gostava dela. Onde ela trabalhou, deixou a marca dela”, contou.

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