VÍDEO: Grevistas discutem em frente à UPA em Florianópolis e prefeito fala sobre paralisação

Membros do movimento grevista dos servidores de Florianópolis discutiram com a Guarda Municipal em frente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Norte, na manhã desta quinta-feira (1º).

Grevistas discutem em frente à UPA Norte na manhã desta quinta-feira (1º) – Foto: NDTV

Conforme imagens registradas pela equipe da NDTV, grevistas estavam na entrada do local, o que é proibido por determinação judicial.

A decisão liminar do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), que determinou a ilegalidade da paralisação promovida pelo Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Municipal de Florianópolis), reitera que os trabalhadores em greve devem permanecer a 200 metros de qualquer prédio público.

Grevistas discutem em frente à UPA Norte com agentes da Guarda Municipal – Vídeo: NDTV

Além disso, o despacho ordena o restabelecimento integral dos serviços públicos municipais em Florianópolis desde a tarde quarta-feira (31).

“Não tem necessidade de a gente entrar em um confronto e usar a força, então peço para que vocês fiquem a cerca de 200 metros, com todo o material de vocês”, afirmou um agente da Guarda Municipal.

Uma das manifestantes, porém, reiterou que em nenhum momento estaram obstruindo a entrada.

Prefeito fala sobre paralisação

O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), afirmou esperar que os servidores cumpram a determinação da Justiça de finalizar a greve e retornar os serviços.

“Vamos olhar para frente. A partir dessa decisão da Justiça, hoje eu vou pedir à nossa procuradoria que faça com que a Justiça chame à mesa de negociação, nós e o sindicato. Nós queremos resolver de uma vez, mas não podemos ficar nessa se vai cumprir ou não decisão judicial. A decisão tem que ser cumprida”, afirmou Neto.

O Sintrasem informou, por meio de nota, que os trabalhadores em greve fariam atos frente às UPAs Norte e Sul nesta quinta.

“Após anos de falta de investimentos, faltam profissionais, equipamentos, remédios e a estrutura é precária. A população cresceu, as filas se acumulam e o atendimento à população está defasado por uma opção política das últimas administrações”, diz o texto.

Assim, o sindicato afirma que se opõe ao projeto de terceirização através de Organizações Sociais que, segundo o órgão, “oferecem menos serviços e pior qualidade no atendimento, além de colecionarem escândalos país afora”.

Topazio Neto diz que está discutindo com o sindicato há 30 dias e a maioria das cláusulas do acordo chegou a ser tratada, sendo muitas delas acordadas com órgão sindical, inclusive o reajuste salarial acima da inflação.

“A grande discussão do sindicato é que nós queremos implantar o sistema híbrido de gestão na UPA Norte, o novo complexo hospitalar do areroporto em regime OS (Organização Social)”, afirma.

“A OS vai nos ajudar a administrar essas duas unidades, mas os nossos servidores concursados da prefeitura, médicos, enfermeiros e auxiliares que quiserem continuar trabalhando nesses espaços, vão poder continuar trabalhando normalmente, sem nenhum tipo de direito retirado”, reiterou Neto.

O prefeito argumenta que a OS vai ajudar a administrar a UPA Norte e o complexo hospitalar do areroporto. “Não vai ter prejuízo para o servidor, o ganho para a população vai ser enorme pela agilidade e nós estranhamos a posição do sindicato porque diversas cidades do Brasil, inclusive administradas por partidos de oposição, tem na OS seus grandes aliados para agilizar o atendimento”, finaliza.

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