COB amplia suspensão de Wallace para cinco anos e CBV tem pena de seis meses

O caso Wallace continua repercutindo e no fim da manhã desta terça-feira (2), o Conselho de Ética do COB (Comitê Olímpico do Brasil) publicou decisão dura em resposta à liberação dada pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) para que o oposto jogasse a final da Superliga no domingo (30). O jogador, inclusive, anotou o ponto do título do Sada Cruzeiro em cima do Minas.

Wallace teve pena ampliada após jogar final da Superliga – Foto: FIVB

Suspenso após processo movido pelo governo federal por meio da AGU (Advocacia Geral da União) depois de incitar violência contra o presidente Lula em uma postagem no Instagram, Wallace seria liberado na quarta-feira (3), com o término da suspensão, no entanto, foi liberado para atuar na final.

Na decisão publicada pelo CECOB, a própria CBV foi suspensa por seis meses como confederação filiada ao COB com a recomendação de corte de repasses do Banco do Brasil e do Ministério do Esporte. Só pela lei Piva, o repasse é de R$ 4,9 milhões que deixam de ser direcionados à CBV com a decisão.

“Ao entrar em quadra, o atleta sabia que estava agindo ilicitamente e a CBV também tinha pleno conhecimento de que sua decisão de permitir a participação do voleibolista na competição, enquanto vigorava a punição, era ilícita e antiética. Permitir que toda e qualquer Confederação ou Federação, através de seu Tribunal próprio, decida não cumprir decisão do COB, crendo que mesmo assim poderá participar do sistema, auferindo recursos financeiros, participando de competições e percebendo benefícios que só existem em razão do próprio COB, não é a melhor postura para quem deveria valorizar o esporte e a ética da sua prática”, escreve o conselheiro relator Ney Bello, que assina a decisão.

O atleta teve a pena ampliada. Inicialmente, a suspensão de Wallace era de 90 dias para clubes e um ano para a seleção. Com a nova decisão, a pena saltou para cinco anos tanto em clubes como na seleção. Vale lembrar que o oposto tem 35 anos.

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