PL das Fake News pode ter votação adiada caso não tenha votos suficientes, diz Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que vai receber as lideranças partidárias no fim da tarde e início da noite desta terça-feira (2) para contabilizar os votos favoráveis ao PL das Fake News. Segundo ele, o projeto só será levado à plenário se houver a quantidade de votos suficientes para aprová-lo.

Ao ser questionado do adiamento do PL no caso de não ter os votos suficientes para aprovação, Lira disse que isso não significaria o “enterro” do projeto — mas que ser rejeitado, sim.

Arthur Lira defende a aprovação do projeto – Foto: Divulgação/Lula Marques-Agência Brasil/ND

“Não tenho uma reunião [contabilização] de votos, quero conversar com os deputados para ter uma realidade das bancadas. É um projeto polêmico. Se tiver votos suficientes, vota. Se não tiver, meu intuito é que não vote.”  Lira viaja nesta quarta-feira (3) para Nova York, nos Estados Unidos, o que provavelmente levaria a proposta a ser colocada em pauta novamente somente a partir da próxima semana.

O projeto de lei precisa do voto da maioria dos deputados que participam da reunião — no plenário ou a distância — para ser aprovado.

Mais de 100 deputados se inscreveram para discutir o projeto de lei. Apesar do alto número de oradores, o regimento interno permite o encerramento da discussão seja aprovado após a participação de 12 deputados.

Durante todo o dia, lideranças da Câmara se movimentam para debater o projeto de lei. Mais cedo, em reunião na residência oficial do presidente da Câmara, parlamentares contrários e favoráveis à votação do projeto se reuniram em busca de um consenso sobre o tema.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), alegou que o texto foi discutido durante três anos e que é hora de ir para o “tudo ou nada”, colocando a matéria em votação. Para ele, a votação deve ser apertada, mas o governo tem chances de aprovar o projeto.

“A maioria dos líderes entende que, independentemente da quantidade de votos, o texto tem que ser votado. Depois de tanto trabalho, depois do trabalho que o relator teve, não vamos nos acovardar”, afirmou.

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