Justiça aprova pedido da defesa e Kelber passará pelo mesmo teste que Suzane von Richthofen

A Justiça de Santa Catarina aprovou o pedido da defesa e Kelber Henrique Pereira será submetido ao teste de personalidade. Acusado de matar Jéssica Ballock e o filho de apenas três meses de idade em julho do ano passado, na cidade de Blumenau, ele passará pelo mesmo teste aplicado em Suzane von Richthofen.

Justiça negou pedido de sanidade mental para Kelber Pereira – Foto: Divulgação/Polícia Civil/ND

O processo está em fase de apresentação das alegações finais antes da pronúncia da Justiça, que vai submeter Kelber ao júri popular. Contudo, antes do caso prosseguir no tribunal, o acusado vai realizar o teste de Rorschach, conhecido popularmente como o “teste de borrão de tinta”.

O teste

O objetivo do procedimento é captar elementos e traços da personalidade dos pacientes analisados, que serve para identificar, por exemplo, se um detento pode ou não retornar ao convívio em sociedade. De acordo com a defesa de Kelber, ele deve ser submetido ao teste ainda nesta semana e o resultado está previsto para sair até a metade do mês de maio, para ser adicionado ao processo. Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, também foi submetida ao teste do Rorschach.

O advogado de defesa do acusado, Rodolfo Warmeling, explica que o teste ao qual Kelber será submetido é validado nacionalmente, e destaca que o resultado será importante para ajudar a esclarecer mais precisamente o crime.

“A defesa optou por contratar uma psicóloga perita em psicologia forense criminal do Estado de São Paulo para a realização da aplicação de um teste de personalidade, um teste clínico de Rorschach, que é um instrumento padronizado e avaliado para verificar a personalidade da gente. Destaca-se que o referido teste é validado nacionalmente pelo Sistema de Avaliação de Teste Psicológico do Conselho Federal de Psicologia, que tem como sua principal função, dentre outras, informar diante das coletas de informações a auto percepção, a cognição, a sociabilidade do paciente e informar uma opinião a respeito de uma eventual personalidade distintiva do paciente”, explicou.

Kelber está no Presídio Regional de Blumenau, onde aguarda o julgamento. Ele está preso desde agosto do ano passado, quando foi transferido do interior de São Paulo, onde foi preso após cometer o crime.

*Contribuiu o repórter Marco Aurélio Júnior 

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