Por unanimidade, vereadores de Itapoá abrem processo de impeachment contra prefeito

A Câmara de Vereadores de Itapoá, no Norte de Santa Catarina, aprovou a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Marlon Neuber (PL), na noite desta sexta-feira (5). Neuber está preso desde o dia 9 de dezembro do ano passado, pela Operação Mensageiro.

Processo de impeachment foi aberto contra Marlon Neuber nesta sexta-feira (5) – Foto: Internet/Reprodução/ND

A abertura do processo de impeachment foi aprovada por unanimidade. Assim, até mesmo os parlamentares da base aliada do prefeito foram favoráveis ao pedido apresentado pelo vereador Tiago de Oliveira (PL).

A denúncia apresentada por Tiago de Oliveira é resultado da CEI (Comissão Especial de Inquérito) – da qual é relator – que investigou, no âmbito do Legislativo, as denúncias apresentadas pelo Ministério Público contra o prefeito.

Vereador Tiago de Oliveira (PL) discursa durante sessão que aprovou o pedido de impeachment – Foto: Internet/Reprodução/ND

O relatório final da comissão decidiu por oferecer a denúncia contra Marlon Neuber, após ele se tornar réu na Operação Mensageiro, no último dia 27 de abril.

Neuber é suspeito de receber propina para favorecer empresa de saneamento na prestação de serviços na cidade. Ele foi preso em 9 de dezembro de 2022, na 1ª fase da investigação.

Mesmo preso, Marlon Neuber manteve seu mandato, pois pediu afastamento temporário do cargo em duas ocasiões, recebendo aprovação dos vereadores. Assim, o vice-prefeito Jeferson Garcia (MDB), comanda o município interinamente desde a prisão de Neuber.

Entenda a Operação Mensageiro

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) conduz uma ampla investigação acerca da empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental. A investigada atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.

Segundo o MPSC um funcionário da empresa, chamado de “Mensageiro” na investigação, era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado pelo Grupo ND por proibição judicial.

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