Rita Lee morre de câncer de pulmão; veja sinais de alerta da doença

A rainha do rock, Rita Lee, morreu aos 75 anos, na noite desta segunda-feira (8). Diagnosticada em maio de 2021, a cantora lutava contra um câncer de pulmão. A doença faz parte do terceiro tipo de câncer que mais atinge homens e mulheres pelo Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Rita Lee foi diagnosticada em maio de 2021

Rita Lee morre de câncer de pulmão; confira os sinais de alerta da doença – Foto: Reprodução/ Instagram Rita Lee

Segundo a Estimativa de 2023 de Incidência de Câncer no Brasil do Inca, o câncer de pulmão está entre os principais tipos de câncer a acometer os brasileiros. É o terceiro tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres, com 2,2 milhões (11,4%).

Rita Lee descobriu tumor primário no pulmão em 2021

A cantora descobriu o tumor primário no pulmão em maio de 2021, ele pode surgir nas vias respiratórias que se ramificam da traqueia para abastecer os brônquios ou nos alvéolos.

Ele pode ser de células não pequenas, que atinge 85% dos casos e o desenvolvimento é mais lento; ou nas células pequenas, que é responsável por cerca de 15% de todos os casos e é muito agressivo, crescendo rapidamente e se espalhando como grãos de areia, ainda de acordo com o Inca.

Principais sintomas do câncer de pulmão

O cirurgião torácico do Imperial Hospital de Caridade e do Hospital Baía Sul, Maurício Pimentel, fala sobre a doença e explica que na grande maioria dos casos, o câncer de pulmão em estágios iniciais é assintomático, não sendo possível a sua identificação sem o uso de alguma ferramenta de diagnóstico precoce.

“Quando o sintoma surge, ele geralmente se manifesta como tosse persistente ou com manchas de sangue. Também pode apresentar dor torácica ao respirar ou na parede do tórax, além de sintomas não relacionados diretamente ao tumor, como perda de peso e indisposição, principalmente quando a doença já está no seu estágio metastático”, afirma.

Cerca de 13% de todos os novos casos de tumores do mundo são de pulmão e é o tipo mais comum tanto em incidência quanto em mortalidade.

O tabagismo pode ser um dos fatores de risco?

O hábito de fumar aumenta em quase três vezes o risco de um indivíduo desenvolver câncer de pulmão, sendo considerado ainda o principal fator de risco para este tipo de doença.

Entretanto, segundo Pimentel, o desenvolvimento da doença é multifatorial e envolve fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Os fatores ambientais são os únicos passíveis de serem modificados, pois na maioria das vezes decorrem de hábitos do paciente.

Chances de cura

As chances de cura estão ligadas ao diagnóstico precoce. As taxas de cura chegam a mais de 90% para a doença diagnosticada e tratada em estágio inicial, diminuindo gradativamente quando diagnosticado em estágios mais avançados.

Infelizmente, no Brasil, 70% dos casos são diagnosticados como localmente avançados ou metastáticos, e apenas 8% em estágio 1, de acordo com o Inca.

Formas de tratar este tipo de câncer

O cirurgião aponta que quando a doença é diagnosticada em fases iniciais, é geralmente realizada a cirurgia com a remoção da porção anatômica do pulmão acometido.

Já em casos avançados, é considerada a individualidade do tratamento para cada caso e pode envolver mais de uma modalidade terapêutica, como cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia.

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