Capital tem 2ª menor cobertura vacinal contra poliomielite na Grande Florianópolis

A Capital catarinense teve a segunda menor cobertura vacinal contra a poliomielite da Grande Florianópolis na última campanha feita em Santa Catarina, entre os meses de maio e junho de 2024. Os dados são de um levantamento feito pelo MPSC (Ministério Publico de Santa Catarina).

Menino branco de cabelos curtos de boca aberta recebendo gotinha da vacina contra a poliomielite

Vacina da poliomielite é aplicada com gotinhas via oral – Foto: Prefeitura de Joinville/Divulgação/ND

Poliomielite: Capital teve 2ª menor taxa de cobertura na Grande Florianópolis

O levantamento do MPSC aponta que o cenário da cobertura vacinal nas grandes cidades do Estado é preocupante. Florianópolis alcançou apenas 17,75% da meta de aplicações da vacina contra a poliomielite – e a região da Grande Florianópolis chegou a 28,49%.

Já Blumenau, cidade que tem a terceira maior população em SC, alcançou 24,4%. Lages teve a pior no levantamento, com apenas 13,86% do público vacinado contra a poliomielite.

  • Os números são referentes à vacinação do público de um a quatro anos. Meta anual recomendada pelo MS (Ministério da Saúde) é de 95% – última campanha feita em Santa Catarina alcançou 43,43% do público.
Gráfico mostra vacinação de pessoas contra a poliomielite em SC

Levantamento do MPSC e da Dive mostra porcentagem de vacinação por gerências de saúde – Foto: Divulgação/MPSC

Em nota ao ND Mais, a SES-SC (Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina) informou que a taxa da cobertura vacinal contra a poliomielite em crianças menores de um ano é de 71,59% e que a meta de 95% recomendada pelo MS é anual e não por campanha. Leia o posicionamento na íntegra:

“A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), informa que a cobertura vacinal contra a poliomielite no estado de Santa Catarina, no ano de 2024, para crianças menores de 1 ano é de 71,59%.

Os dados estão disponíveis no painel do Ministério da Saúde (MS) e podem ser acessados através deste link.

Importante destacar que a meta recomendada pelo Ministério da Saúde de 95% para esta vacina é para todo o ano de 2024. Desta forma, as equipes municipais e estadual de saúde seguem trabalhando para que a meta seja alcançada dentro do prazo estabelecido, que é o fim do ano corrente.

A vacina contra a poliomielite faz parte do Calendário de Vacinação da criança. Ela é uma vacina de rotina e, por esse motivo, é ofertada gratuitamente durante todo o ano nos postos de vacinação dos municípios catarinenses.

O esquema vacinal consiste na aplicação de três doses da vacina inativada (VIP) aos 2, 4 e 6 meses; e na aplicação de duas doses de reforço da vacina oral contra a poliomielite (VOP) com 1 ano e 3 meses e aos 4 anos.

No ano de 2024, entre os dias 27 de maio e 14 de junho, foi realizada a Campanha de Vacinação contra a poliomielite no estado, cujo principal objetivo era o de reforçar a proteção de crianças já vacinadas com a aplicação indiscriminada da vacina oral contra a poliomielite (VOP), a vacina de gotinha, em crianças de 1 a 4 anos de idade. A cobertura vacinal obtida na Campanha foi de 43,43%.

Desta forma, a SES esclarece que a cobertura de 43% foi referente a Campanha de Vacinação realizada entre os meses de maio e junho e que não tem relação com a cobertura estadual geral do ano de 2024″.

Pernas de pessoa em cadeira de rodas motorizada

Doença pode provocar paralisia irreversível em pacientes – Foto: Unsplash/Reprodução/ND

Sobre os baixos índices entre as cidades da região da Grande Florianópolis, a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis afirmou ao ND Mais que trabalha na “estratégia de comunicação” para ampliar a abrangência das aplicações. Leia a íntegra do posicionamento:

“A Secretaria municipal de saúde de Florianópolis trabalha para aumentar o alcance da cobertura vacinal. Como o estudo mesmo aponta, há um destaque para as grandes cidades, que têm tido maior dificuldade em conseguir alcançar os índices recomendados de imunização.

Para as próximas campanhas, Florianópolis trabalha estratégia de comunicação mais abrangente e uma ampliação das ações de campo. Além disso, a SMS compreende que a imunização de rotina precisa ser mais capilar e realizará ainda em 2024 o Projeto ‘Vacinação nas Escolas’, com equipes de saúde nas unidades escolares”, diz a nota.

Veja as taxas da cobertura vacinal nas maiores cidades do Estado:

  1. Lages – 13,86%
  2. Itajaí – 17,65%
  3. Florianópolis – 17,75
  4. Joinville – 20,03%
  5. Palhoça – 22,04%
  6. Blumenau – 24,4%
  7. Jaraguá do Sul – 33,17%
  8. São José – 36,47%
  9. Chapecó – 36,69%
  10. Criciúma – 52,52%
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