Pai pede socorro a policiais após a filha passar a noite apanhando do companheiro em SC

As violências domésticas sofridas por uma mulher levaram o pai buscar ajuda na base da PM (Polícia Militar) em Zortéa, no Meio-Oeste de Santa Catarina. A denúncia foi feita na quinta-feira (18), após a mulher passar a noite apanhando do companheiro.

mulher pediu ajuda após passar a noite apanhando

Pai pediu ajuda na Polícia Militar após filha passar a noite apanhando do companheiro – Foto: Pexels/Karolina Grabowska/Reprodução/ND

O pai pediu ajuda aos policiais e os mesmos foram até o endereço da mulher para averiguar a situação. No local, a mulher disse que o companheiro havia lhe agredido e fugido.

Mulher quer que o homem saia de casa após passar a noite apanhando

No pescoço, ela possuía marcas de agressões. A mulher ainda contou que passou a noite apanhando e disse que o companheiro apertou seu pescoço. Além disso, dias atrás afirmou que o homem a empurrou no chão.

Durante a quinta-feira, ele teria tentado enforcá-la e cobriu sua boca para que não gritasse. Ainda conforme relato repassado à polícia, a mulher disse que o companheiro afirmava que ela tinha um amante no trabalho e, por isso, era agressivo.

A vítima disse aos policiais que deseja que o companheiro saia de casa, pois tem medo do que ele pode fazer.

Suspeito localizado e preso

Os policiais realizaram buscas e encontraram o suspeito em uma rua próxima. O homem disse que teve uma discussão com a companheira e que não a agrediu, apenas saiu de casa para não discutirem mais.

Um boletim de ocorrência foi registrado, e o homem foi preso e levado à delegacia de Polícia Civil de Campos Novos. O ND Mais tentou contato com o delegado da Polícia Civil, mas não obteve retorno até a publicação. O espaço segue aberto.

Denuncie a violência doméstica

Se você é vítima de violência doméstica ou conhece alguém que sofre com isso, denuncie. A denúncia pode ser feita de forma anônima de diversas formas e em diferentes locais. Veja abaixo:

Canais oficiais

Por telefone

O canal oficial para denunciar violência contra a mulher é o 180, mas este é aconselhado para momentos em que não há urgência.

Por exemplo, nos casos em que a mulher vive essa situação no dia a dia, mas não tem uma briga acontecendo naquele exato momento, é possível ligar e fazer uma denúncia anonimamente. Para casos emergenciais em que a ação precisa ser imediata, ligue 190.

Pela internet

A denúncia pode ser feita de duas formas: uma delas é pelo Telegram. Basta digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a Central de Atendimento à Mulher.

A outra forma é fazer um boletim de ocorrência por meio do site Delegacia Virtual de Santa Catarina. O boletim deve ser preenchido com o máximo de detalhes possíveis. Em até 48 horas a polícia averigua a situação e encaminha para o Juizado de Violência Doméstica.

Pessoalmente

Se nenhuma das opções anteriores for viável, é possível ir à delegacia mais próxima, preferencialmente uma DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), onde os profissionais são especializados na área, e fazer a denúncia.

Sinal vermelho

Em 2020, o Conselho Nacional de Justiça e a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) lançaram a Campanha Sinal Vermelho contra a violência doméstica.

A ação se baseia em um código criado para que as mulheres possam pedir ajuda de forma silenciosa e discreta: a orientação é que basta desenhar um X vermelho na palma da mão e mostrar para um atendente de algum estabelecimento, e a polícia será acionada.

O sinal, citado em lei, possibilita que a vítima faça isso em todos os lugares, até mesmo pela janela do carro.

Sinal de ajuda

Conhecido como #SignalForHelp (sinal por ajuda, em português), o simples gesto criado pelo Canadian Women’s Foundation tem o propósito de indicar que a mulher não está em uma situação segura.

Ele é feito da seguinte forma: com a mão aberta e os dedos juntos, leve o dedão ao centro da palma e abaixe os outros dedos por cima.

Peça uma pizza

Agora, nas situações em que a vítima está em perigo, como aquelas em que ela está no mesmo ambiente do agressor e não tem como pedir ajuda, usar o telefone ou celular para pedir uma pizza funciona.

Os operadores dos canais de emergência, como o 190, já são treinados para avaliar esse tipo de situação.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.