Meus três dias com Rita Lee

 – Foto: Reprodução ND/ Arquivo pessoal

Acredito sem querer nada com isso que em Floripa, se não fui o número um, estou entre os cinco primeiros daqui a viver o reinado de Rita Lee como superstar nacional. tanto como apresentador de programa de rádio e televisão, como DJ e promoter de festas e shows. Toquei tudo dela, e era um hit por mês,  tanto nas festas como no rádio e TV.

E tive o prazer de entrevistá-la algumas vezes quando vinha  fazer shows. A primeira delas, inesquecível, com 19 anos, num programa de rádio à noite e pelo telefone, o que acabou rendendo uma amizade diferente. Já explico: Beto Stodieck era o colunista da cidade em plena efervescência dos anos 70,  e o programa musical que seu público, o tal crazy people, ouvia era o meu na Rádio Jornal A Verdade, do meu pai. E Rita Lee estava na cidade com o seu grupo Tutti Frutti para um show  sexta-feira no ginásio do Colégio Catarinense, já com todos os ingressos vendidos.  Na quinta-feira já estavam na Ilha, hospedados no hotel Querência. E tinha um vernissage no Studio A-2, do Beto Stodieck na Beira mar Norte. A banda toda foi. Rita Lee ficou no hotel. E o Beto tinha passado meu telefone para ela sem eu saber. Ela ligou. De imediato, achei que era um trote. Depois sim, ficamos meia hora no ar. Ela no quarto do hotel, eu no estúdio da rádio em Barreiros.

Deu liga. No dia seguinte, fui ao show no Catarinense lotado de cocotas e surfistas. E de repente Rita Lee, pegando todo mundo de surpresa me oferece uma música, falando da nossa entrevista na noite anterior e perguntando se eu estava no show. Todo mundo me olhou. Quase morri de vergonha. A música era Brown Sugar, dos Rolling Stones. Terminou o show ai é que me olharam mesmo, luzes acessas, virei estrela.

E, de repetente, aparece no meio da galera uma mulher que se identificou como sendo Mônica Lisboa, empresária da Rita Lee, dizendo que ela estava me chamando nos camarins. Queria me conhecer pessoalmente. Deu liga também. Fomos para o hotel comemorar o aniversário de alguém da banda.  No dia seguinte, sábado pela manhã, eu e o Ari Maravilha estávamos passando pela Praça XV no meu Fusca quando encontramos Rita Lee e Mônica andando na frente do Palácio Cruz e Souza. Parei, convidei para conhecer a cidade e  rodamos a Ilha de fusquinha. Nossa chegada na Joaquina, já no final da tarde, foi uma festa.

No dia seguinte Rita foi para Porto Alegre onde tinha show terça-feira no Teatro São Pedro. No estacionamento do Teatro terça-feira tinha uma vaga especial para meu  Fusca.  E na primeira fila eu e o Ari.

 

 

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