Dupla encontrada em SP com criança desaparecida tem prisão preventiva decretada

A dupla detida em São Paulo nesta segunda-feira (8) com a criança desaparecida de Santa Catarina havia nove dias teve a prisão preventiva decretada nesta terça-feira (9), segundo o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo). O homem e a mulher foram presos pela PMSP (Polícia Militar de São Paulo) por suspeita de tráfico humano.

criança estava desaparecida há nove dias quando foi encontrada

Menino estava desaparecido desde o dia 30 de abril – Foto: Reprodução/ND

O bebê de 2 anos foi localizado no carro onde estava a dupla no final da tarde desta segunda-feira (8). Um vídeo flagrou o momento em que os dois são abordados pelos policiais. Em coletiva nesta terça, a SSP-SC (Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina) afirmou que conseguiu rastrear o veículo quando quebrou o sigilo telefônico da mãe do menino.

De acordo com o delegado-geral da PCSC (Polícia Civil de Santa Catarina), Ulisses Gabriel, às vésperas da prisão em flagrante, a dupla teria ficado com medo e tentado “legalizar” a adoção.

“Ele teria ficado preocupado com a repercussão, falado com o fórum de Tatuapé para apresentar a criança, e então a polícia interceptou eles”, disse o delegado-geral.

A mãe disse que conheceu o casal por intermédio de um grupo de ajuda nas redes sociais e a partir disso foi induzida a fazer a entrega, completou.

Conforme o secretário de Segurança Pública de SC, Paulo Cezar de Oliveira, a polícia irá apurar a existência de uma rede de tráfico de crianças por trás do caso.

Polícia investiga se mãe foi paga para entregar bebê; jovem nega

Conforme a delegada responsável pelo caso, Sandra Mara, a investigação irá apurar se a mãe, de 22 anos, foi paga para entregar o bebê para a dupla. Ainda segundo a delegada, a jovem nega ter tido qualquer vantagem financeira.

“A mãe foi convencida por conta da fragilidade dela. Ela ficou grávida muito jovem, não tem emprego. A fragilidade psicológica dela dificulta para ela achar um trabalho”, afirma a delegada.

Segundo a polícia, a criança é registrada apenas no nome da mãe. No entanto, a investigação chegou a realizar buscas na casa de um possível pai do menino, sem encontrar conexões com o desaparecimento do bebê.

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