Pode tomar dipirona com dengue? Médico explica riscos; entenda

Um levantamento exclusivo do Google Trends aponta que houve um aumento nas buscas por “dengue”, com os moradores de Santa Catarina entre os principais interessados no país. Dentre as dúvidas mais frequentes, está o questionamento se pode ou não tomar dipirona quando se está infectado pelo vírus.

Internautas procurando informações sobre uso da dipirona para os sintomas da dengue

Médico explica se pode ou não tomar dipirona quando se está com dengue.  – Foto: Freepik/Reprodução/ND

Segundo o último relatório divulgado pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), o Estado apresenta 29.082 mil casos confirmados de dengue neste ano, até o momento. Somente no mês de maio, três mortes foram confirmadas em Santa Catarina.

Dipirona: pode ou não pode?

De acordo com o médico infectologista Martoni Moura e Silva, dipirona e paracetamol são os dois únicos anti-inflamatórios não hormonais que podem ser usados contra a dengue.

“Os outros anti-inflamatórios como ibuprofeno, AAS (Ácido acetilsalicílico), diclofenaco, nimesulida, enfim, todos os outros não devem ser usados por conta de sangramento”, explica.

A dengue abaixa o número de plaquetas na corrente sanguínea e o uso de anti-inflamatórios não hormonais como o AAS pode alterar a coagulação sanguínea e provocar hemorragias, afirma o médico.

“Então o uso seguro de anti-inflamatório não hormonal na dengue é a dipirona e o paracetamol. Esses dois não alteram o sistema de coagulação, nem alteram nada em relação às plaquetas. Então, é nesse sentido que a gente não usa os outros anti-inflamatórios, porque eles podem aumentar o risco de hemorragia”.

Em suspeita de dengue, o que fazer?

Conforme o infectologista, em caso de suspeita de infecção do vírus da dengue é permitido usar a dipirona ou o paracetamol para o tratamento dos sintomas, caso não tenha o processo alérgico.

“Se confirmada a doença, aí sim pode ser que o médico tenha a possibilidade de prescrever outros medicamentos. Mas vale ressaltar que o uso da automedicação é sempre perigosa”.

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