Dia do Empreendedorismo Feminino, boteco liderado por mulheres é referência na capital

As sócias do Boteco Zé Mané brindam os 13 anos de sucesso na via gastronômica de Coqueiros. Foto: Paulo Navega

O Dia do Empreendedorismo Feminino, comemorado em 19 de novembro, reforça a importância de homenagear e incentivar os empreendimentos liderados por mulheres. Conheça a história de sucesso das sócias do Boteco Zé Mané, localizado em um charmoso casarão histórico na via gastronômica de Coqueiros.

O Boteco Zé Mané foi inaugurado em 2011, e, desde então, já são 13 anos de história, oferecendo uma experiência única aos seus clientes. Angela de Azambuja Monguilhott, uma das responsáveis pelo sucesso do restaurante, tem formação em Engenharia Civil e completou 45 anos recentemente, enquanto Leila Cristiane Pinheiro, de 48 anos, é formada em Direito e Gastronomia.

Quando Angela e Leila resolveram empreender juntas no Boteco Zé Mané, elas não imaginavam que se tornariam referência em botequim boêmio na capital e receberiam sete prêmios ao longo dos anos. O carro-chefe são os deliciosos petiscos brasileiros, a feijoada, a coxinha de feijoada e os diversos bolinhos.

As mais de 17 variações de caipirinhas são uma atração à parte; quem prova, vira fã. Para diversão do público, semanalmente são apresentados no palco do boteco os maiores expoentes catarinenses do samba e da MPB.

O Boteco Zé Mané é hoje liderado não somente pelas sócias mulheres, mas também com o cargo de gerência e chefia da cozinha. Para as sócias, a experiência de lidar com a desigualdade de gênero no mercado as motivou a buscar e afirmar esse posicionamento, refletindo a luta por igualdade e representatividade.

O público do Boteco Zé Mané é majoritariamente feminino. Angela conta que “as pessoas costumam frequentar o local em grupos, criando um ambiente acolhedor e descontraído para as mulheres. Mas, obviamente, todos são bem-vindos; o importante é o respeito mútuo”.

Para Angela e Leila, os maiores desafios enfrentados pelas mulheres ao empreender podem variar de acordo com o contexto e a região, mas, em geral, os seguintes pontos são bastante recorrentes:

1) Acesso ao financiamento: Mulheres muitas vezes enfrentam dificuldades para obter crédito ou investimentos devido a estereótipos e a um histórico de menor acesso a recursos financeiros em comparação com os homens. Isso pode limitar a capacidade de expandir ou mesmo iniciar um negócio.

2) Desigualdade de gênero: Em muitos setores, as mulheres ainda enfrentam barreiras relacionadas à discriminação e aos estereótipos de gênero. Isso pode dificultar a ascensão a cargos de liderança ou a participação em redes de apoio cruciais para o sucesso empresarial.

3) Conciliar vida profissional e pessoal: A sobrecarga de responsabilidades domésticas e familiares ainda é uma realidade para muitas mulheres, o que pode afetar seu tempo e energia dedicados ao empreendedorismo. Muitas vezes, elas enfrentam a pressão de equilibrar as demandas de seus negócios com o cuidado de filhos ou familiares.

4) Preconceito e falta de visibilidade: A falta de visibilidade e reconhecimento para mulheres empreendedoras em alguns segmentos pode tornar mais difícil para elas se estabelecerem como líderes no mercado, além de lidarem com preconceitos em relação à sua capacidade de gerenciar ou inovar.

Ao final da entrevista, Angela deixa uma mensagem para as mulheres que desejam empreender na gastronomia: “Acreditem no seu potencial e sigam suas paixões com perseverança. Acreditem na sua capacidade de inovar, ser criativa e, acima de tudo, se manter resiliente diante dos desafios. O caminho pode ser árduo, mas com determinação e qualidade no que fazem, é possível construir um negócio de sucesso e se destacar no mercado”.

O Boteco Zé Mané é parceiro do Clube ND e oferece 20% de desconto para os assinantes. Aproveite!

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