“A pandemia tornou as empresas mais resilientes”, diz Rodrigo Rossoni

Às vésperas de fazer a transição na Acif (Associação Empresarial de Florianópolis), Rodrigo Rossoni fala sobre os pouco mais de quatro anos de gestão. Na conversa, o legado da pandemia e o acirrado debate sobre o “novo” Plano Diretor.

O novo presidente da entidade empresarial, Célio Antônio Bernardi Junior, assume o cargo nesta segunda-feira (15).

Rodrigo Rossoni acredita que mudanças no Plano Diretor de Florianópolis vão oferecer mais segurança jurídica para quem quer empreender na cidade – Foto: Divulgação/ND

Sua gestão foi marcada pelo desafio da pandemia. Qual o principal legado desse período para os empreendedores?
O primeiro ponto é que os planos de backup de uma empresa nunca são suficientes para prever coisas tão catastróficas. As empresas tiveram que superar desafios grandes e passaram a ser mais resilientes.

Aquelas que sobreviveram – porque, infelizmente, muitas colapsaram – se tornaram mais fortes, conseguiram encontrar novas maneiras de receitas e novos modelos de negócios. Ficaram mais competitivas a longo prazo. Por outro lado, também percebemos defasagem grande de mão de obra para as novas competências que foram exigidas.

Quando as empresas estavam fechadas, fizemos um plano de retomada do desenvolvimento que se chamou Pacto Floripa que foi muito importante porque criamos uma agenda de retomada.

Qual sua percepção sobre o embate ideológico que permeou o debate sobre o Plano Diretor e que dificultou o processo?
Tem uma parcela da cidade, e é como a gente pensa, que entende que a prosperidade vem do desenvolvimento dos negócios e das empresas e isso exige um ambiente favorável. E o Plano Diretor é parte essencial disso porque vai justamente dar as diretrizes de como a cidade cresce e se desenvolve.

As pessoas buscam se desenvolver, querem prosperar. O nosso Plano Diretor de 2014 já foi muito mal feito em função dessa disputa ideológica.

Quais os pontos mais positivos do “novo” Plano Diretor para a cidade de forma geral e para quem quer empreender?
Ele se tornou mais simples, mais enxuto, apesar de ainda não ser o ideal. Além disso, o projeto tirou incoerências: em muitos casos não se sabia qual a regra que estava valendo.

Agora vai oferecer mais segurança jurídica para quem quer empreender, e com as regulamentações, acredito que vai ficar mais ágil de compreender quais as regras do jogo para todos que desejam ter moradia, comércio ou indústria.

Considero muito importante também a inclusão de incentivos para preservação ambiental, para melhoria dos espaços urbanos e para moradia social.

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