TJSC mantém pena de 30 anos para homem que matou para furtar fios de poste em Florianópolis

O acusado de matar a facadas o morador Charles dos Santos Oliveira, teve a pena de 30 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, mantida pela 1ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), após cometer latrocínio em Capoeiras, na região continental de Florianópolis.

Charles dos Santos Oliveira, de 41 anos, foi morto a facadas em Florianópolis – Foto: Reprodução/ND

O crime ocorreu em outubro de 2022, quando o acusado, Hugo Leonardo Duarte Bleichvehl, estava furtando fios de cobre das linhas de internet e telefonia em uma das ruas da cidade, sendo avistado pelo morador da região, Charles Oliveira. Conforme o documento, o caso aconteceu por volta da 1h15, do dia 17 de outubro de 2022.

Chales havia sido acordado por cães latindo e foi à janela verificar. De imediato identificou um homem roubando a fiação de um poste em frente à sua casa. A vítima teria reconhecido o homem como o mesmo que furtou os fios do ar-condicionado de sua casa duas semanas antes, foi até ele portando um facão, para tentar fazer o infrator desistir da ação. Nesse momento, eles entraram em uma luta corporal.

Homem o matou com um facão

O criminoso, então, pegou a arma branca e desferiu uma série de golpes em Charles, um deles atingindo o pulmão e o coração da vítima. A esposa de Charles ainda o viu agonizando na calçada, antes de morrer em função dos ferimentos.

As imagens das câmeras de segurança do local levaram a Polícia Civil à identificação do autor do crime, posteriormente reconhecido pelas testemunhas. Tratava-se de Hugo Leonardo Duarte Bleichvehl, que vivia em situação de rua. Em um bar na região, inclusive, ele havia dito na mesma madrugada que teria se envolvido em uma briga com facas.

O réu teria entrado com recurso ao TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), ele pleiteou absolvição por falta de provas ou redução da reprimenda corporal, porém nenhum dos pedidos foi aceito.

“O apelante possui cinco condenações definitivas aptas a caracterizar a reincidência”, anotou o desembargador relator, ao justificar a pena aplicada e mantida em decisão unânime.

“Tinha fé muito grande”

Charles participava do coral da Igreja Mais de Cristo – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Charles de Oliveira era casado e cantava no coral da Igreja Mais de Cristo, em Capoeiras. O amigo, Charles Alves, fala com pesar sobre o falecimento do companheiro de palco.

“Ele amava tanto [fazer parte do coral] e se dedicava de todo o coração. Ele tinha uma fé muito grande. Nosso último contato foi na quinta-feira passada (13) durante o ensaio. Nós nos preparávamos para a apresentação do próximo culto”, relembra.

Alves conta que além de terem o mesmo nome, ambos cantavam na mesma posição no coral da igreja. “Todos estão muito comovidos com essa situação absurda que foi o assassinato dele. Todo o nosso coral, assim como toda a igreja, amávamos quem ele era. Ele tinha uma participação muito especial conosco”, finaliza.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.