Santa Catarina se prepara para possíveis impactos da La Niña em 2025

Após um ano de 2024 sem o fenômeno La Niña, especialistas alertam para a possibilidade de sua ocorrência em 2025. A previsão aponta uma La Niña de fraca intensidade e curta duração, mas ainda há incertezas sobre seus impactos no estado. A confirmação depende da manutenção do resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, que já registram uma temperatura 0,7°C abaixo da média, segundo dados da NOAA.

Desde julho de 2024, a EPAGRI/CIRAM e a Defesa Civil monitoram o resfriamento nas águas do Pacífico, que precede o fenômeno. Nos últimos meses de 2024, a queda nas temperaturas se intensificou. Para que a La Niña se concretize, o resfriamento precisa permanecer abaixo de -0,5°C por um período prolongado. Contudo, a evolução do fenômeno depende do comportamento das temperaturas nas próximas semanas.

A La Niña pode alterar o clima de Santa Catarina, afetando precipitações e temperaturas. Isso pode prejudicar a agricultura e a gestão de recursos hídricos, especialmente nas regiões mais vulneráveis.

Chuvas irregulares e impacto nas lavouras

De acordo com a Defesa Civil, a previsão para o verão e início do outono de 2025 é de chuvas irregulares, com períodos secos intercalados com chuvas mais intensas. O Oeste de Santa Catarina, já afetado por chuvas irregulares desde o segundo semestre de 2024, será uma das regiões mais impactadas.

Em dezembro, o Índice Integrado de Secas apontou seca fraca a moderada no Oeste e no Planalto Sul. O cenário preocupa a agricultura, especialmente a produção de soja de segunda safra, que pode sofrer com a falta de água no solo. A recomendação é acompanhar as previsões de chuva para definir a melhor janela para a semeadura.

Apesar de os impactos mais severos de uma La Niña forte não serem esperados, a irregularidade das chuvas pode afetar o desenvolvimento de várias culturas. A produção de milho no Oeste de Santa Catarina, por exemplo, teve boa produtividade, mas a soja depende mais diretamente da regularidade das chuvas.

Embora a La Niña de 2025 tenha potencial para causar chuvas irregulares, o impacto geral deve ser limitado. No entanto, a Defesa Civil alerta para a necessidade de preparação, principalmente nas regiões mais afetadas pela estiagem. A gestão eficiente dos recursos hídricos e o monitoramento contínuo das condições climáticas serão fundamentais para mitigar danos e adaptar a agricultura às mudanças previstas.

Os próximos meses serão decisivos para confirmar a intensidade e os efeitos do fenômeno. A população e os setores produtivos devem se manter informados e preparados para eventuais mudanças climáticas.

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