Na entrevista coletiva do treinador Roberto Fonseca, um Figueirense que só ele viu

TEMPO AO TEMPO. É claro que não dá para culpar o treinador Roberto Fonseca pelo momento que vive o Figueirense. Ele chegou praticamente agora e comandou a equipe em apenas três jogos oficiais. Seria muito cruel da parte deste colunista, uma cobrança mais contundente pelo futebol do Alvinegro que está muito longe de um time competitivo e com condições de brigar pelo acesso para a Série B.  São ajustes que demandam muito trabalho e mãos arregaçadas para encontrar o ponto ideal. É preciso dar ao tempo o seu devido valor nesse assunto.

UM OUTRO JOGO. No entanto, por ser um técnico bastante experiente é possível cobrar um mínimo de coerência na sua entrevista após a derrota diante do Confiança pelo placar de um a zero no último sábado. Roberto Fonseca falou de um jogo que ninguém viu. Elogiou o seu time como se tivesse ganho o jogo de goleada. Calma, professor. Não caia no erro dos seus colegas que passaram pelo clube recentemente, como Jorginho, Júnior Rocha e o Cristóvão, só para citar como exemplos.

DECEPCIONANTE. O jogo foi péssimo, o Figueirense passou noventa minutos sem dar um chute na meta do adversário. No gol do Confiança, lá do cruzamento que veio para a área sem nenhuma marcação, o atacante do time sergipano cabeceou sozinho enquanto a defesa “contemplava” o lance. E a posse de bola enfatizada pelo técnico do Alvinegro ocorreu por que o time adversário deu a bola posicionando na sua defesa em busca de contra-ataque, algo bem característico do treinador Vinícius Eutrópio, que nós conhecemos muito bem.

FALSO DOMÍNIO. Portanto, se escorar no fato de que time comandou as ações é uma ilusão. Vale para a estatística do jogo, mas não vale nada lá na tabela de classificação. O torcedor do Figueirense que não é bobo, além estar vacinado e cansado, também assistiu ao jogo. Ele quer vitórias para sonhar com o acesso, é claro. Mas além dos três pontos, os torcedores esperam também sinceridade nas análises dos confrontos. É afinal, uma turma muito magoada pelos últimos anos de crises.

SUGESTÃO. Aqui vai uma dica e de graça: olho no olho para reconhecer as limitações e honestidade para clamar a presença da torcida no próximo jogo em casa no Scarpelli da Aparecidense. E pode ter certeza, caro Roberto Fonseca, a nação vai apoiar, como aliás, sempre fez nos momentos mais complicados do clube.

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