‘Muitos irão cair’: professor suspeito de ameaçar alunos não poderá voltar à escola em SC

Um professor suspeito de ameaçar alunos e colegas de trabalho seguirá afastado do seu cargo em uma escola estadual de Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis. A determinação foi feita pela Promotoria de Justiça de Bom Retiro, que atendeu um pedido do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).

Professor suspeito de ameaçar alunos está afastado desde 2023. Na imagem, um homem escreve com giz em quadro negro

Professor suspeito de ameaçar alunos está afastado desde 2023 – Foto: Divulgação/DepositPhotos/ND

O afastamento será mantido até o professor realizar uma perícia médica oficial para saber se tem ou não condições de voltar ao cargo. O processo está em segredo de justiça, por envolver crianças e adolescentes, e o pedido liminar foi protocolado no sábado (8).

Professor suspeito de ameaçar alunos não dá aulas desde 2023

O professor está afastado de suas atividades desde 2023, quando foi diagnosticado com transtorno de humor bipolar e de personalidade. Em 2025, porém, ele apresentou um atestado particular e recebeu autorização para voltar a atuar.

Ao saber do retorno do docente, representantes da comunidade escolar procuraram a Promotoria de Justiça de Bom Retiro, afirmando que os alunos e colegas de trabalho sentem medo dele.

Segundo os representantes, quando o professor estava em exercício ele teria feito ameaças de morte no colégio. Ele ainda teria publicado em suas redes sociais uma mensagem dizendo que “muitos irão cair” e “devem se segurar e agarrar no que puderem”.

Criança com mão em sinal de "Pare", contra a violência

Representantes da comunidade escolar relataram ameaças de morte – Foto: Divulgação/Imirante/ND

Após os relatos, a promotora de Justiça Bruna Vieira Pratts ajuizou a ação na última sexta-feira (7), em caráter de urgência. “A aplicação da medida de proteção em favor dos alunos da referida escola é necessária e adequada neste momento, em razão da nítida exposição de risco às suas integridades físicas”, argumentou na decisão.

O magistrado de plantão deferiu o pedido no sábado (8), determinando que o professor continue afastado das atividades. A decisão diz que seu retorno à unidade escolar “pode implicar em risco para os alunos e demais servidores, notadamente em virtude do mal que o acomete”.

A reportagem do ND Mais entrou em contato com a Secretaria de Educação de Santa Catarina e ainda não obteve um posicionamento. O espaço segue aberto.

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