Crocodilo gigante é solto em rio da América do Sul em ação para salvar a espécie

Um grupo de 160 crocodilos-do-orinoco foi solto no rio Capanaparo, que atravessa a fronteira entre Venezuela e Colômbia, como parte de um programa ambicioso para preservar essa imponente espécie em extinção.

O crocodilo-do-orinoco é o maior predador dos rios da América do Sul, podendo atingir mais de 6 metros de comprimento e pesar até 400 quilos.

Soltura faz parte de ação para preservar o crocodilo

Crocodilo-do-orinoco pode medir até 6 metros de comprimento – Foto: Pexels/Reprodução/ND

De acordo com as informações da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) em entrevista ao portal UOL, esses répteis estão em risco crítico de extinção, um alerta preocupante que precede o desaparecimento completo de uma espécie em seu habitat natural.

Diante dessa ameaça, a Venezuela iniciou um programa de criação em cativeiro no ano de 1990, envolvendo projetos públicos e privados.

O zoológico tem sido um fator chave no programa de criação em cativeiro. “Temos um casal fértil que produz os ovos que incubamos e os filhotes que nascem no zoo”, explica o responsável pelo programa, Joel Pantin.

“Nós nos apoiamos também no que chamam de ‘rancheo’, capturar os filhotes pequenos no rio, quando são recém-nascidos, e trazê-los”.

Segundo o especialista, os filhotes permanecem por um ano no zoológico antes de serem soltos, com mais de 95% sobrevivendo ao processo.

A soltura dos crocodilos

Dezenas de pequenos crocodilos foram transferidos em pequenos tanques para o rio Capanaparo, onde foram soltos após atingirem cerca de um ano de idade. Os animais, que podem chegar a mais de 6 metros de comprimento e pesar 400 quilos, têm seu ciclo reprodutivo anual e são criados em condições controladas até estarem prontos para sobreviverem na natureza.

A soltura dos crocodilos-do-orinoco tem ainda um potencial turístico que pode ajudar a proteger a espécie. “Se os locais – inclusive as comunidades indígenas – virem no crocodilo uma fonte de renda, ajudam a protegê-lo”, afirma Diego Bilbao, diretor da Rio Verde, empresa que organiza excursões para assistir à soltura.

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