Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid depõe à PF sobre fraude no cartão de vacinas

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, presta depoimento à PF (Polícia Federal), nesta quinta-feira (18), no caso da investigação sobre falsificação de dados no cartão de vacina e inserção de informações nos sistemas do Ministério da Saúde.

Segundo apuração do R7, o depoimento de Mauro Cid ocorre às 1h430 e ele será transportado pela Polícia do Exército. Em 3 de maio, o ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) mandou à PF prender Cid, além de realizar busca e apreensão na casa de Bolsonaro. As informações são do R7.

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso desde o dia 3 deste mês – Foto: Reprodução/ Redes sociais

A suspeita é de que os registros de vacinação de Bolsonaro, Cid e da filha mais nova do ex-presidente, Laura Bolsonaro, tenham sido forjados. Eles teriam inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 para conseguir o certificado de vacinação e viajar para os Estados Unidos.

Jair Bolsonaro (PL) afirmou à Polícia Federal, durante depoimento na tarde de terça (16), não saber quaisquer informações acerca de suposto esquema que fraudou dados de vacinação contra a Covid-19.

No depoimento, ao qual o R7 e a Record TV tiveram acesso, Bolsonaro admitiu conhecer Ailton Barros Gonçalves — preso desde 3 de maio por suspeita de envolvimento no esquema. Ele estava acompanhado dos advogados e do secretário de Comunicação Social de sua gestão, Fábio Wajngarten, que também atua na defesa.

À PF, Bolsonaro afirmou que “se Mauro Cid arquitetou [esquema fraudulento de cartões de vacinação] foi à revelia, sem qualquer conhecimento ou orientação” do ex-presidente. Ele destacou, entretanto, que acredita na inocência do ex-ajudante de ordens.

Áudios

A Polícia Federal encontrou diálogos entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro que mostram uma articulação para manter o ex-presidente no poder e para prender o ministro Alexandre de Moraes.

Foram analisados áudios e prints que estavam nos arquivos do celular do major reformado do Exército Ailton Gonçalves Barros, do coronel Elcio Franco e de um militar ainda não identificado durante uma investigação que envolveu Mauro Cid.

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