Metrorragia ou SUA: saiba o que é a doença e como afeta apenas mulheres

Algumas mulheres têm sangramentos uterinos fora da época normal e apropriada do ciclo menstrual. Esses casos são conhecidos como metrorragia e atingem 1/3 das mulheres em todo mundo, segundo o artigo “Sangramento menstrual intenso: aprendizado baseado em evidências para melhores práticas”.

metrorragia

Entenda o que é ‘metrorragia’ e como ela afeta apenas mulheres – Foto: Freepik/Divulgação/ND

A ginecologista Gabriela Pascueto explica que esses sangramentos anormais podem acontecer em qualquer idade, porém, em cada fase da vida as causas podem ser diferentes.

“Na infância, a hemorragia é muito rara e ocorre principalmente por traumas ou introdução de objetos na vagina. Na adolescência podem ocorrer menstruações excessivas ou ciclos menstruais irregulares devido a alterações ovulatórias”, explica.

Já na fase reprodutiva ou durante a gravidez é comum que aconteça sangramentos de escape, descolamento ovular ou da placenta, gravidez ectópica (quando o óvulo fica plantado fora do óvulo), aborto espontâneo e infecção uterina. Além disso, as hemorragias podem ser causadas por pólipos, miomas uterinos e outras infecções.

Após a menopausa, os tumores malignos de endométrio são uma importante causa de sangramento, e também podem acontecer sangramento devido a reposição hormonal.

Metrorragia é um termo que está em desuso

A médica Gabriela Pascueto afirma que o termo metrorragia pode até significar sangramento vaginal fora do período menstrual. No entanto, o termo estaria caindo em desuso. Por isso, os especialistas estão optando por chamá-lo de: SUA (sangramento uterino anormal).

Conforme a ginecologista, no passado havia um termo para cada padrão de sangramento, mas hoje em dia, o SUA é mais usado para qualquer tipo de hemorragia uterina.

Consequências das hemorragias intensas

A metrorragia pode impor alguns desafios às mulheres que têm a doença. Além da questão social, uma vez que os sangramentos acontecem de forma inesperada, os escapes sanguíneos podem vir acompanhados de indisposição, cólicas intensas eanemia, devido a perda de sangue em excesso, diz a ginecologista.

Mas a doença tem tratamento, que dependerá da causa do sangramento e da faixa etária da paciente. Esses tratamentos podem ser com o uso de medicamentos hormonais ou não hormonais e, em alguns casos, cirúrgicos.

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