Estudantes participam de projeto sobre empreendedorismo e profissões em Navegantes

Conhecer novas profissões e imaginar como seria a carreira em cada ocupação ou cargo é um desafio em qualquer idade, mas as provocações podem ser mais comuns para aqueles que estão finalizando o Ensino Fundamental. Na Escola Municipal Professora Maria Tereza Leal, em Navegantes, os alunos do nono ano estão conhecendo novos ofícios.

A turma do nono ano já descobriu novas profissões e cargos no projeto escolar de Navegante

A turma do nono ano já descobriu novas profissões e cargos no projeto escolar de Navegantes – Foto: Ana Caroline Arjonas/ Divulgação its Teens

Por lá, a diretora Valíria Caviglia e as professoras Nayara Caroline Deachenski, de geografia, e Jucéli Sedrez de Souza, de ciências, trouxeram para a sala de aula as vivências daqueles que já fizeram suas escolhas — e a iniciativa está gerando resultados.

Com pesquisa sobre as áreas, produção de cartazes, palestras de profissionais, teste vocacional e redações, a classe já conheceu jornalistas, administradores e até quem trabalha com processos gerenciais — e a lista de bate-papos continua com empreendedores, dentistas e policiais, profissionais que ainda vão visitar a unidade. O projeto teve início no mês de abril e a ideia inicial era encerrar as tarefas no mesmo período.

Entretanto, pelo envolvimento da turma, os encontros seguem neste mês. “Eu acho que a educação também deve ser ativa. Se é para a gente ter um pensamento crítico, a gente não pode ser aquela coisa engessada do conteúdo curricular, que tem dia para começar e terminar”, opina a diretora.

A ideia de trazer as profissões para o ambiente escolar surgiu a partir da observação. “Eu me efetivei na escola em 2019 e, com o passar dos anos, fui percebendo que havia um padrão relacionado às expectativas e sonhos para o futuro, que se repetia na maioria dos alunos do nono ano”, conta Jucéli.

Com o objetivo de mostrar novos cenários e possibilidades por meio das profissões, a parceria com a professora de geografia possibilitou que os estudantes conhecessem ocupações na área das ciências agrárias, ciências econômicas, saúde, entretenimento e militar. “A nossa intenção era ‘plantar a semente’ para que eles começassem a perceber que para realizar é preciso sonhar e planejar”, conclui Jucéli.

Mais do que a apresentação de cenários futuros, o protagonismo e o envolvimento da turma também fizeram a diferença. “Com esse trabalho eles realmente pesquisaram, eles se interessaram, eles descobriram o que faz cada profissão, ficaram encantados com o que faziam nas áreas, com o que trabalhavam. E houve uma interação muito grande entre os grupos. Eles realmente ficaram bem interessados no projeto”, expõe Nayara.

Além de descobrir as profissões, outro objetivo foi incentivar o empreendedorismo, provocando o interesse daqueles que podem ser donos do próprio negócio.

“A gente está despertando esse mundo de possibilidades para mostrar que estudar é importante, a gente estar aqui, interagir. A escola não é só para tirar nota, é para aprender a interagir com o outro, tem que ter postura, tem que saber falar. Sempre tem que aprender a conversar, a se apresentar adequadamente para as pessoas, são coisas que a gente vai aprender se alguém ensinar”, finaliza a diretora.

Escolhendo as profissões

Por conta das interações, existem aqueles que já definiram quais serão os próximos passos e possíveis profissões. Emanuel Haran Calixto Silvano dos Santos,16, por exemplo, consegue visualizar alguns cenários para os próximos anos.

O primeiro é seguir a carreira militar; o segundo inclui um curso no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA); o terceiro tem como foco uma vaga para trabalhar em empresa de transporte; o último, a carreira em administração — não faltam possibilidades.

Para Giovana Luiza da Silva, 14, a próxima etapa parece estar definida, já que a família está planejando a entrada no curso de recursos humanos. Entretanto, existe outra carreira que chama a atenção: o futuro como militar. “Seria meu plano B. Se não desse certo a administração, eu queria ser policial.”

No caso de Marcos Vinicius Ramos Januario, 15, e Fernanda Rempner Pereira, 14, a atividade foi uma oportunidade para conhecer novas profissões, como radiologista, psicólogo e psiquiatra.

Guiados pelas metodologias ativas

Assim como o projeto desenvolvido com o nono ano, as demais turmas da Escola Municipal Professora Maria Tereza Leal trazem para a realidade aquilo que está na teoria. O ensinar com metodologias ativas é algo que faz parte da equipe de profissionais da unidade. O objetivo é contribuir com a capacidade crítica e o papel de destaque de cada aluno.

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.