SC lança campanha de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes

No dia nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, neste 18 de maio, o governo de Santa Catarina lançou a Campanha do Fio Laranja a fim de conscientizar e desenvolver ações integradas para fortalecer a rede de proteção de crianças e adolescentes.

A intenção da campanha é trabalhar em conjunto com diversas Secretarias, além de juntar forças com as instituições de segurança do Estado – Foto: Roberto Zacarias/Divulgação/ND

Conforme os dados estatísticos da SSP-SC (Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina), houve uma queda de 9,73% em 2023 no número de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes.

No entanto, ainda segundo a SSP, no período de 2018 a 2022, foram notificados 6.313 casos de violência sexual em Santa Catarina entre crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos. Sendo a faixa etária de 10 a 14 anos o maior índice de notificação de violência sexual.

Combate ao abuso contra crianças e adolescentes

Segundo o governo, a intenção é trabalhar em conjunto com diversas Secretarias, entre elas a Secretaria de Segurança Pública, de Assistência Social, de Educação, de Turismo e de Saúde, além de juntar forças com as instituições de segurança como a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Polícia Científica e o Corpo de Bombeiros Militar.

“Queremos ultrapassar essa ideia de falar sobre este assunto apenas em maio. A partir disso, vamos fazer capacitações junto às principais Secretarias que atuam com esse público, para saber identificar, fazer os encaminhamentos de forma correta, realizar denúncias, para que possamos atender de forma integral essas crianças e adolescentes e diminuir esses índices”, afirma a diretora de Assistência Social da SAS, Gabriella Dornelles.

A secretária de Estado de Saúde, Carmen Zanotto, aponta que as ações visam a diminuição desses índices cada vez mais, uma vez que pretende atuar também na prevenção dos casos.

“Nós temos que sair das caixinhas. Saúde, educação, assistência social, segurança pública, e as demais secretarias e instituições, um precisa do outro. Precisamos construir pontes e unidade para atravessarmos estas lacunas que precisam ser preenchidas”, destaca Zanotto.

Agressor costuma ser próximo à vítima

Um dado muito relevante foi citado na reunião: “a violência sexual demonstrou caráter íntimo entre agressor e pessoa agredida, uma vez que somente 12,1% dos agressores são desconhecidos à vítima”.

A coordenadora das DPCAMIs (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso), delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila, ressalta também a importância de se atentar a detalhes, tanto em relação ao comportamento das crianças e adolescentes, quanto aos conteúdos acessados na internet.

“O uso dos meios eletrônicos pela internet requer monitoramento”, assegura D’Ávila. “A Polícia Civil não mede esforços na apuração desses crimes, que é prioridade absoluta, através da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos e das DPCAMIs”, diz.

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