Reflexões para a vida: 6 lições para aprender com o filme ‘Entre os Muros da Escola’

Nem sempre é preciso se envolver em batalhas intergalácticas ou desbravar a encantadora Amazônia para viver uma história memorável. Muitas vezes as aventuras dispensam cenas de ação e nos ganham por trazerem reflexões únicas. É este o caso do filme francês “Entre os Muros da Escola”.

Cena do filme "Entre os Muros da Escola"

Cena do filme “Entre os Muros da Escola”, de 2008 – Foto: Divulgação

Lançado em 2008, mas ainda muito atual, o longa-metragem francês nos dá um vislumbre das dificuldades enfrentadas pelo professor François, um profissional dedicado a estimular o que há de melhor nos alunos e uma turma frequentemente conturbada.

Isso inclui lidar com alunos desrespeitosos e dúvidas pertinentes, além da timidez, da insegurança e dos problemas pessoais com os quais os estudantes lidam em casa.

É um recorte que nos permite perceber como cada um pode lidar com os desafios de diferentes maneiras, mas a melhor forma de aprendizado vem sempre com a conversa, por mais que todos tenhamos pontos de vista distintos.

6 lições que podemos aprender com o filme “Entre os Muros da Escola”

1. Cada minuto conta

A escola é muito mais do que paredes e carteiras. Frequentar as aulas é mais do que uma obrigação. É nesses momentos que temos as primeiras chances de expandir os conhecimentos e ter contato com visões variadas do mundo. E é exatamente por isso que cada minuto conta. É preciso valorizar cada segundo diante do professor, cada aula e cada exercício.

Se a tarefa que o professor passou é ler o capítulo de um livro, como François fez no filme, tire o que há de melhor dessa missão. É a estrutura que construímos com esses tijolos que nos deixa preparados para o que virá no futuro.

2. É normal ter dúvidas

Ninguém nasceu sabendo tudo – e isso é ótimo! A jornada de aprendizado, seja sobre ciências, história, português ou atualidades, faz parte da vida, por isso não tenha vergonha de fazer perguntas. Assim como em “Entre os Muros da Escola”, os alunos citam palavras e expressões cujos significados não conhecem, e é aí que vem a melhor parte.

É sobre questionar, ser curioso e ajudar os colegas a chegar às conclusões. Se não entender, lembre-se de não guardar isso para si: basta levar a questão para o professor, trocar ideias e pesquisar. E com a dúvida resolvida você terá esse conhecimento para sempre.

3. Respeitar as diferenças 

As turmas de "Entre os Muros da Escola" contam com personalidade e caraterísticas diversas -

As turmas de “Entre os Muros da Escola” contam com personalidade e caraterísticas diversas – Foto: Divulgação

Cada um de nós tem maneiras específicas de se expressar. O filme nos mostra que é possível demonstrar quem somos por meio de elementos externos, seja a nossa maneira de falar – com gírias ou de forma mais rebuscada –, seja no modo de se vestir, com o estilo gótico ou roupas mais largas.

Não há um jeito certo e outro errado, assim como um não é melhor ou pior que o outro, são apenas diferentes. É aí que está a questão: devemos estimular os nossos colegas a ser quem eles desejam ser, com seus gostos e peculiaridades, respeitando todos. Não tente ser como “todo mundo” ou se colocar dentro de uma caixa.

4. Entender o professor

Pense na responsabilidade de quem está diante de dezenas de alunos, com uma missão tão importante quanto ensinar. O professor não entra repentinamente na sala e decide o que fazer na hora. Há bastante trabalho envolvido antes e depois, a começar pelo planejamento do ano, o plano de cada lição, a pesquisa para se atualizar sobre os assuntos e muito mais.

Há ainda os desafios de proporcionar uma aula interessante e manter tudo em ordem, bem como os trabalhos a serem corrigidos e as provas a serem formuladas. É preciso entender o professor muito além do componente curricular, mas como um profissional dedicado e uma pessoa com sentimentos e objetivos a serem cumpridos.

5. Todos temos algo para contar

Assim como os alunos de “Entre os Muros da Escola” aprendem lendo “O Diário de Anne Frank”, não é necessário ter 70 anos para refletir sobre a vida ou as experiências pelas quais já passamos. Seja aos 12 ou aos 15 anos, já tivemos que lidar com obstáculos e momentos de pura alegria e euforia.

Também já conhecemos pessoas que nos inspiraram e se tornaram parte crucial da nossa vida. Por quê, afinal, não escrever sobre tudo isso? Há sempre algo a contar sobre nossas vivências. A idade, no fim das contas, é apenas um número, nunca uma limitação.

Como diz o professor François, mesmo que achemos a nossa rotina maçante, o que sentimos é definitivamente interessante.

6. Empatia com os colegas

Nós nunca sabemos totalmente o que o colega do lado está passando, por isso devemos tratar todos com empatia. É dessa forma, afinal, que gostamos de ser tratados, não é? Assim como acontece no debate entre os alunos do filme, é normal ter vergonha de algumas coisas e gostar muito de outras, bem como ter dificuldades e frustrações.

Precisamos conversar – com um professor, os colegas ou os pais – sobre como anda a nossa vida e nossos sentimentos, seja para rir ou superar as horas mais duras.

Curiosidades sobre o filme

  • O ator François Bégaudeau, que interpreta o protagonista, também é professor e romancista. O filme foi baseado em um livro escrito por ele e lançado em 2006.
  • Foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e venceu o prêmio Palma de Ouro no prestigiado Festival de Cannes.
  • Dirigido por Laurent Cantet, “Entre os Muros da Escola” está incluído no icônico livro “1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer”.
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